terça-feira, novembro 30, 2010

Abelhas fazem cálculos complexos

O cérebro das abelhas é do tamanho da cabeça de um alfinete. Mas não se iluda: esses pequenos insetos são capazes de resolver rapidamente um problema matemático que deixa supercomputadores ocupados por dias. Estudo desenvolvido por cientistas do departamento de ciências biológicas da Universidade de Londres, no Reino Unido, mostrou que as abelhas aprendem a pegar a rota mais curta para chegar até as flores que costumam ser encontradas aleatoriamente pelo caminho. Com isso, elas economizam tempo e energia. Esse é um dos princípios da questão matemática conhecida como “problema do caixeiro-viajante”.

Se você encontrasse um nanocomputador capaz de realizar cálculos complexos em poucos instantes, concluiria que ele poderia ser fruto de mutações aleatórias não direcionais selecionadas naturalmente? Trocando em miúdos simplificados: Você acreditaria que esse superminicomputador poderia ser fruto do acaso cego? Pois é, nem eu...

Michelson Borges

terça-feira, agosto 10, 2010

Cientistas tentam imitar teia de aranha

Com o objetivo de produzir uma nova geração de materiais fortes e leves, com aplicações em diversos campos, como na medicina, cientistas criaram um aparelho que imita o processo usado pelas aranhas para tecer teias finas e super-resistentes. Há anos pesquisadores têm dedicado tempo e investido muito dinheiro para descobrir um método simples para fabricação de teias artificiais de aranha – coisa que os pequenos aracnídeos fazem com a mesma eficiência há muito tempo, conforme se pôde perceber com a descoberta de teias de aranha muito antigas preservadas em âmbar (fóssil).

O fato é que, proporcionalmente, as teias podem ser cinco vezes mais fortes do que o aço e é justamente essa resistência aliada à flexibilidade que os pesquisadores desejam replicar. Mas, apesar de anos de pesquisa, até hoje não foi possível produzir teias artificiais com boa qualidade.

As aranhas tecem a teia com proteínas solúveis em água que são secretadas a partir de células. Essas soluções são forçadas através de pequenos buracos – conhecidos como fiandeiras – que expelem o fio. Para imitar esse processo, uma equipe de cientistas alemães produziu geneticamente duas proteínas de teia de aranha a partir de bactérias. O material é colocado em um aparelho de vidro com três canais, que conduzem a um canal maior.

“A proteína é introduzida em um canal e os outros dois são carregados com soluções de sal”, explica Sebastian Rammensee, da Universidade Técnica de Munique. O sal faz com que as proteínas se juntem. Ao passar pelo canal maior, a mistura se transforma em fibra. Mas a qualidade dessa fibra ainda está longe da original.

Esse é o tipo de pesquisa em que o design inteligente verificado na natureza inspira o avenço de novas tecnologias. E, como a própria ciência demonstra, se há um design, existe um Designer.

Michelson Borges

Sistema sensorial da pele

A revista Pain publicou os resultados de um novo estudo que revelou algo que parece estar se tornando lugar comum nestes dias de avanços tecnológicos: a capacidade sensorial humana é muito mais complexa e cheia de nuances do que se pensava. Cientistas das universidades de Liverpool (Inglaterra) e Cambridge (Estados Unidos) revelaram que o corpo humano dispõe de sistema sensorial totalmente exclusivo e isolado, independente dos nervos que dão à maioria de nós a habilidade de tocar e sentir.

O que surpreende é o fato de que essa rede sensorial está espalhada por todos os vasos sanguíneos e glândulas sudoríparas. Pouco tempo antes, pesquisadores já haviam descoberto que as sensações da pele afetam a audição e que os seres humanos seriam capazes até mesmo de “ver” cores e formas por meio da pele.

“Há anos meus colegas e eu temos detectado diferentes tipos de terminações nervosas em pequenos vasos sanguíneos e glândulas sudoríparas, os quais assumimos que estavam simplesmente regulando o fluxo de sangue e suor. Nunca imaginamos que eles poderiam contribuir para as sensações conscientes”, diz o neurologista Frank Rice.

São esses sensores que nos conectam ao mundo e sem eles a vida seria praticamente impossível. É outro tipo de mecanismo que tinha que funcionar bem desde o início. Quanto mais as pesquisas e os métodos de investigação avançam, mais o corpo humano surpreende os cientistas. Não deveria ser assim, já que quem projetou essa maravilha foi o próprio Criador do universo. Estudar as maravilhas da criação nos ajuda a perceber o cuidado, a inteligência e o carinho com que fomos criados.

Michelson Borges

terça-feira, junho 22, 2010

Olhos antirreflexivos

Um dos grandes objetivos da indústria óptica é a criação de superfícies antirreflexo perfeitas. Isso possibilitaria fabricar telas, monitores e óculos que não refletem, independentemente da presença de luzes incidentes de qualquer ângulo. Sistemas antirreflexivos até já existem, mas nenhum deles se compara ao revestimento antirreflexo dos olhos multifacetados das mariposas, dos quais elas dependem para sobreviver.

Qual o segredo da tecnologia dos olhos desses pequenos insetos? Segundo informações do site Inovação Tecnológica, essa visão perfeita depende de minúsculas protuberâncias, menores do que o comprimento de onda da luz, que formam uma estrutura ordenada sobre a superfície dos olhos das mariposas. Essa nanoestrutura natural cria uma transição suave entre os índices de refração do ar e a córnea, resultando em um índice de reflexão da luz praticamente igual a zero.

Em óculos, telefones celulares, ou em painéis de carros, as superfícies transparentes somente são úteis se permitirem a visualização sem refletir a luz de volta. Inspirados no olho da mariposa, os pesquisadores estão desenvolvendo um revestimento nanoestruturado que será muito útil.

A funcionalidade perfeita observada na natureza continua servindo de modelo para as invenções humanas. Curiosamente, quando se observa o registro fóssil, pode-se notar que essa complexidade sempre esteve presente. Em que laboratório ela foi criada? Como depende de inteligência para ser projetada, quem fez isso? Os primeiros versos do livro bíblico de Gênesis têm a resposta mais coerente.

Michelson Borges

Antenas de luz

Elas têm pequenas antenas capazes de captar a luz do Sol e transformá-la em energia química, e fazem isso com altíssima eficiência. Se você pensou em algum tipo de dispositivo eletrônico ou nessas placas usadas para abastecer de energia solar as residências, errou. Estou falando das bactérias verdes e suas antenas chamadas clorossomos.

Uma equipe internacional de cientistas desvendou a estrutura da clorofila nas antenas dessas bactérias. O clorossomo é uma verdadeira antena biológica e pode conter até 250 mil moléculas de clorofila. O que os pesquisadores estão tentando fazer é imitar as plantas, as algas e as bactérias para criar uma folha artificial que gere energia a partir de fotossíntese artificial.

Nas antenas das bactérias verdes, as moléculas de clorofila formam hélices por meio das quais a energia dos fótons (luz) migra para as proteínas na membrana celular, onde acontece a conversão química. E tem mais: as bactérias conseguem aumentar o tamanho das antenas para compensar a pouca luz em determinado ambiente. O esquema é tão eficiente que permite que a bactérias verdes aproveitem a luz do Sol no fundo do mar, a até 100 metros de profundidade.

Inspirados nessas maravilhas de complexidade, os cientistas querem desenvolver uma nova geração de dispositivos de conversão solar com uma composição mais simples e extremamente eficientes, mesmo em condições de baixa luminosidade.

Michelson Borges

Fibra ótica molecular

Todas as plantas e algumas bactérias usam a fotossíntese para gerar energia a partir da luz do Sol. Os cientistas ainda não sabem direito como esse mecanismo complexo funciona, mas já estão copiando detalhes desse processo. Pesquisadores da Universidade de Twente, na Holanda, descobriram que o sistema de fotossíntese de uma bactéria pode ser usado para transportar luz por longas distâncias. Eles construíram uma espécie de fibra óptica molecular, mais de mil vezes mais fina do que um fio de cabelo humano.

Algumas proteínas transportam no interior das células a energia capturada do Sol, levando-a a um ponto em que essa energia é armazenada. O que os pesquisadores fizeram foi isolar essas proteínas do chamado Complexo de Coleta de Luz. Foi com essas proteínas que os cientistas construíram sua fibra óptica molecular. Ao disparar um feixe de laser sobre esse fio de proteínas, os pesquisadores verificaram que a luz viajou até 1,5 micrômetro – distância “gigantesca” em se tratando da nanotecnologia.

“Essas proteínas são tijolos de construção que a natureza nos dá de graça. Usando-as podemos aprender mais sobre processos naturais, como o transporte de luz na fotossíntese. Quando entendermos a natureza, poderemos copiá-la”, disse o cientista Cess Otto.

A pesquisa é muito importante e a equipe de Otto merece aplausos. Mas é preciso dizer que processos naturais não criam complexidade específica, a ponto de originar mecanismos como a fotossíntese. Deus é quem nos dá as maravilhas da natureza que servem de inspiração para criar tecnologias que melhoram nossa vida.

Michelson Borges

Em busca da “cor física”

Você sabia que existe “cor física”? As cores que vemos dependem dos pigmentos que existem sobre os materiais, mas há um tipo de cor que depende de minúsculas estruturas fotônicas que alteram as cores, dependendo do ângulo de reflexão da luz. São essas estruturas que conferem a aparência metálica das asas das borboletas e da carapaça dos besouros, por exemplo. Depois de muito pesquisar, cientistas norte-americanos e espanhóis desenvolveram uma técnica capaz de imitar artificialmente essas estruturas biológicas impressionantes que têm precisão em nanoescala (muito pequena).

As técnicas disponíveis até agora para copiar bioestruturas são bastante limitadas porque utilizam materiais corrosivos e temperaturas elevadas, que destroem o molde original. Para criar o novo biomaterial, os pesquisadores usaram compostos de germânio, selênio e antimônio, aplicados com uma técnica que combina a evaporação termal com a rotação do substrato onde os compostos serão depositados. Na preparação do biomolde a partir do material natural, os pesquisadores utilizaram a imersão em uma solução de ácido ortofosfórico, a fim de dissolver a quitina, substância encontrada no exoesqueleto dos insetos e outros artrópodes.

Você achou complicada a fabricação dessa cor física? Pois é, exige muita inteligência e grande soma de dinheiro para copiar o original. Mas as borboletas dispõem dessa “tecnologia” desde sempre. Um Grande Cientista fez isso para elas.

Michelson Borges

segunda-feira, maio 24, 2010

Ameba gigante gera dúvidas sobre evolução

Os evolucionistas dizem que as amebas são as mais simples formas de vida e que estariam entre os primeiros seres vivos a “surgir” em nosso planeta. Mas uma expedição ao Mar das Bahamas, em 2007, fez uma descoberta incomum: no leito do oceano, a mais de 600 metros de profundidade, foram registradas imagens em vídeo de “bolas incolores sem cérebro e olhos”, de acordo com Mikhail Maltz, da Universidade do Texas, um dos pesquisadores. Eles também descobriram que essas “bolas enlameadas” de cerca de 2,5 centímetros de diâmetro parecem ter deixado trilhas no piso do oceano, como se rolassem por força própria.

Matz e seus colegas descreveram a descoberta na revista Current Biology. Segundo eles, trata-se de uma ameba gigante do genus Gnomia que consegue rolar graças a extensões de protoplasma que também servem para extrair nutrientes do piso do oceano.

O que deixou os cientistas ainda mais curiosos é o fato de que os sulcos que a ameba cria se parecem com os encontrados em fósseis datados de mais de 550 milhões de anos, segundo a cronologia evolucionista. Para os cientistas, somente organismos complexos poderiam se deslocar de forma a deixar os traços encontrados nos fósseis. Mas os Gromia são unicelulares e deixam os mesmos traços.

Portanto, parece claro que complexidade existiu desde sempre, o que invalida a hipótese de que a vida teria surgido de formas “simples” e evoluído para as mais complexas.

Michelson Borges

Por que gostamos de música

Na revista Veja de 10 de janeiro de 2010, há um artigo interessante que tenta responder à pergunta: Por que fazemos e gostamos de música? O livro que o artigo toma como base é This Is Your Brain on Music [Esse é seu cérebro na música], lançado no ano anterior nos Estados Unidos. Seu autor, o neurocientista americano Daniel Levitin, da Universidade McGill, em Montreal, Canadá, comandou uma equipe que realizou exames de ressonância magnética no cérebro de 13 pessoas enquanto elas ouviam música. “O resultado do trabalho é a mais detalhada descrição já obtida pela ciência da – para usar as palavras de Levitin – ‘refinada orquestração entre várias regiões do cérebro’ envolvidas na ‘coreografia musical’”, diz Rosana Zakabi, autora da matéria.

Segundo Veja, a equipe de Levitin desvendou processos neurológicos que até então tinham escapado aos pesquisadores. Um dos mais surpreendentes é que a percepção musical não é resultado do trabalho de uma área específica do cérebro, como ocorre com muitas atividades, mas da colaboração simultânea de grande quantidade de sistemas neurológicos.

“Uma conclusão da pesquisa é que muito do que se imagina ser o som do mundo exterior ocorre na verdade dentro do cérebro. As moléculas de ar que fazem vibrar nossos tímpanos não têm em si as variações entre sons graves e agudos. Elas oscilam numa determinada frequência que o cérebro mede; a partir disso, ele constrói uma representação interna com variações de tonalidade sonora. É similar ao que acontece com as ondas de luz, que são desprovidas de cor. É o cérebro e o olho que constroem as cores medindo a frequência das ondas. Levitin nota que o cérebro não apenas produz uma representação interna do som, mas também lhe dá significado.”

O cientista descobriu que, quando ouvimos música, o ouvido envia o som não apenas para regiões especializadas do cérebro, mas também para o cerebelo, que se “sincroniza” com o ritmo, tornando possível acompanhar a melodia. Interessante é que o cerebelo parece ter prazer no processo de sincronização.

Essa descrição técnica não lhe soa como design inteligente?

Que vantagem evolutiva a apreciação estética trouxe ao ser humano? Por que gostamos de música e fazemos música? A resposta seria talvez: Porque fomos criados para gostar dela. Creio que sim.

Michelson Borges

quarta-feira, março 17, 2010

Dentes autocicatrizantes

No texto “A força dos dentes”, vimos que ainda é inigualável a resistência desse que é o osso mais duro do corpo humano. Recentemente, um grupo internacional de pesquisadores utilizou ferramentas sofisticadas de imageamento e realizou testes exaustivos com dentes extraídos de pacientes para tentar desvendar a forma como suas moléculas se organizam para suportar enormes pressões. E chegaram a descobertas interessantes. A resposta para a resistência dos dentes está na sua estrutura altamente sofisticada, que é a responsável por mantê-los íntegros. “Os dentes são feitos de um material compósito extremamente sofisticado que reage de forma extraordinária quando submetido a fortes pressões”, explica o professor Herzl Chai, principal autor do estudo.

O professor Chai não é dentista, é engenheiro aeronáutico. O que ele quer com essa pesquisa é desenvolver materiais que sejam mais leves e mais resistentes, superiores aos compósitos e fibras de carbono atualmente utilizados nos aviões mais modernos. Mesmo sendo bastante avançados e resistentes, os materiais usados na estrutura de aviões e dos carros de Fórmula 1 não se comparam à resistência do esmalte dos dentes.

Já se sabia que a arquitetura ondulada dos dentes é capaz de suportar enormes pressões sem se quebrar por inteiro, criando microfissuras que absorvem essa pressão em conjunto. Mas o que os pesquisadores descobriram é que o dente tem uma vantagem adicional difícil de ser imitada: ele é capaz de se recuperar das microfissuras. Portanto, além de resistir à pressão, os dentes se autorreparam, num processo ultrassofisticado que aponta para um projeto para lá de inteligente.

Agradeça a Deus cada vez que você mastigar algo crocante.

Michelson Borges

Gafanhoto inspira microrrobôs voadores

Certa vez, ouvi numa palestra que o besouro não poderia voar por desobedecer às leis da aerodinâmica. Mas como ele não sabia disso, voava assim mesmo. Isso era usado como exemplo de superação e de que não devemos dar ouvidos aos que dizem que determinada tarefa é impossível. Claro que a lição é importante, mas a comparação com o besouro não mais poderá ser feita. Quem ajudou a jogar por terra o famoso “paradoxo do besouro” foi o Dr. John Young, da Universidade de Nova Gales do Sul, na Austrália. Ele afirma que a moderna aerodinâmica já é capaz de modelar com precisão o voo dos insetos.

Para chegar a essa conclusão, Young estuda os gafanhotos. Ele quer saber como esses bichinhos conseguem voar distâncias tão grandes, indo de um continente a outro, mesmo dispondo de uma reserva de energia mínima. A intenção é utilizar esse conhecimento para construir microrrobôs voadores mais eficientes.

Quando querem testar a aerodinâmica de veículos, os técnicos os colocam em túneis de vento. Young e sua equipe fizeram a mesma coisa: construíram um túnel de vento para decodificar os segredos aerodinâmicos do gafanhoto. As informações coletadas foram suficientes para criar um modelo de computador que recria com precisão o fluxo de ar, o empuxo e a sustentação gerados pelo complexo movimento das asas dos gafanhotos.

Young disse que “as asas [do gafanhoto] delicadamente estruturadas, com seus contornos e curvas, e superfícies estriadas e enrugadas, estão muito além do melhor que se pode conseguir com as asas de um avião.”

Em um teste, os pesquisadores removeram as rugosidades e as curvas e mantiveram os contornos. Noutro, eliminaram todas as rugosidades e estrias, simulando asas com o mesmo formato das asas dos insetos, mas totalmente lisas. Os resultados mostraram que os modelos simplificados produzem sustentação, mas são muito menos eficientes, exigindo muito mais energia para voar.

Conclusão: as asas do gafanhoto são resultado de um design bastante inteligente.

Michelson Borges

sexta-feira, fevereiro 19, 2010

O branco mais branco

Não adianta lavar e alvejar aquela camiseta branca que ela não ficará tão branca quanto as asas de besouro Cyphochilus – nem a folha de papel mais branca chega pero de tanta brancura. No início de 2007, um grupo de pesquisadores ingleses descobriu que a carapaça desse minúsculo besouro pode ser a estrutura com o branco mais brilhante da natureza. Eles estão gastando dinheiro e tempo para imitar essa característica do Cyphochilus com o objetivo de dar mais brancura a papéis e tintas.

No caso do branco do papel, ele é obtido com a adição de minerais como o carbonato de cálcio e o caulim. Mas, para atingir a mesma brancura das asas do Cyphochilus, seria necessária uma camada desses minerais duas vezes mais grossa. Se o besouro dependesse disso, teria asas muito pesadas e dificuldade para voar. Então, como ele voa com asas tão brancas e leves? Já vamos entender.

O corpo, a cabeça e as pernas do besouro são cobertos por longas escamas com estruturas internas 3-D altamente aleatórias (não organizadas). São essas irregularidades e o espaçamento entre elas que dispersam de forma tão eficiente todos os comprimentos de onda da luz, dando ao Cyphochilus o seu branco imbatível.

Os pesquisadores da Universidade Exeter, em colaboração com os engenheiros da mineradora Imerys, desenvolveram um técnica para moer os minerais até conseguir nanopartículas com o balanço adequado entre tamanho, densidade e separação entre as partículas. Depois de aplicadas sobre a massa de celulose, as nanopartículas reproduzem de maneira aproximada a aleatoriedade presente nas escamas do besouro e produzem um branco mais intenso do que o obtido com o caulim.

É mais uma amostra do que se pode obter ao imitar o design inteligente da natureza.

Michelson Borges

Cérebro tem banda larga

A gente fala que tem conexão banda larga quando a navegação na internet é bem mais rápida e permite maior tráfego de informação. Você sabia que o cérebro também tem banda larga? No fim do ano passado, foi anunciada a descoberta de circuitos de neurônios especiais que podem trafegar dados em velocidades até três mil vezes maiores que a rapidez normal entre certas áreas do cérebro.

Os neurônios (células nervosas) estão principalmente no que se chama “massa cinzenta”, que ocupa a metade do volume do cérebro. A outra metade, chamada de “massa branca”, é constituída de longos filamentos com poucos neurônios. Esses filamentos são como fios encapados por uma substância gordurosa isolante chamada mielina.

O que se descobriu recentemente é que essas longas fibras brancas desempenham papel importante na transmissão de informações dentro do cérebro. Elas funcionam como se fossem conexões de banda larga. Isso tudo graças à camada de isolamento que impede o “vazamento” de impulsos elétricos. A mielina transmite mais informações por segundo, reduzindo o tempo de espera entre sinais. Esses neurônios encapados capazes de processar três mil vezes mais informações são cruciais para a capacidade da fala e processamento da linguagem.

Nem o mais sofisticado computador do mundo se iguala ao cérebro ¬– essa maravilha criada por Deus.

Michelson Borges

sábado, janeiro 23, 2010

Programa de autorrepararão

ClearView é o nome de um software que foi construído para proteger computadores. O mais interessante é que o ClearView funciona sem assistência humana e é mais rápido que os engenheiros, já que estes, quando descobrem um ponto fraco num software, demoram em média um mês para restaurar os sistemas afetados.

Quando o ClearView detecta um intruso no sistema, ele determina o alvo exato do ataque e cria um “software-remendo”. Depois testa o aparato para ver se a solução já está em funcionamento. Em média, o ClearView construiu um “remendo” eficiente no espaço de cinco minutos após estar exposto ao ataque.

Se alguém lhe disser que esse sistema de autorreparação é o resultado de milhões de anos de mutações casuais filtradas pela seleção natural, você vai acreditar? Mas, quando observam sistemas biológicos que fazem exatamente isso (autorreparação), por que é que darwinistas ateus acreditam que esses sistemas simplesmente passaram a existir sem que alguém inteligente os tenha criado?

O sistema imunológico aponta para o poder e a inteligência de Deus, além de inspirar os pesquisadores a desenvolver melhores defesas para os computadores.

Michelson Borges

Semente que voa

Uma sementinha conhecida como maple tem a interessante capacidade de se soltar da árvore e descer num voo tranquilo e estável até chegar ao chão, onde poderá se desenvolver em nova árvore. Ela tem apenas uma “asa” e sempre intrigou os pesquisadores. Inspirados nessa característica das sementes maple, estudantes da Universidade de Maryland, nos Estados Unidos, conseguiram desenvolver um veículo aéreo capaz de planar suavemente ao ser lançado de um avião, de algum local alto ou mesmo arremessado com as mãos – e ele faz isso justamente imitando o “voo” da maple.

As primeiras tentativas de replicar a capacidade de planar das sementes de maple datam de 1950. Até agora, todas essas tentativas haviam fracassado pela falta de controle sobre o voo dos veículos. Ou seja, os pesquisadores levaram quase 60 anos utilizando inteligência e tecnologia para replicar o desempenho mostrado pela semente de maple desde sempre... Design inteligente inspira design inteligente.

Michelson Borges

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