terça-feira, março 22, 2011

Formigas e veículos lunares

Você sabia que a formiga pode levantar até cem vezes o peso dela? Só para comparar, os atletas olímpicos, quando muito, levantam “apenas” o dobro do peso deles (e eu mal levanto a metade do meu...). Como elas conseguem esse feito? É porque, sendo tão leves, as formigas usam apenas uma pequena parte de seus músculos para controlar os movimentos, deixando o resto da força para levantar pesos.

O biólogo agnóstico Michael Denton escreveu o seguinte sobre a “tecnologia” das formigas: “Existem dezenas de exemplos em que avanços na tecnologia demonstraram o brilhantismo do design biológico. Um exemplo fascinante foi a construção da máquina soviética de exploração lunar que se move por meio de pernas articuladas, a Lunakod. Pernas, e não rodas, foram escolhidas devido à maior facilidade de movimentação que uma máquina articulada teria para atravessar o terreno irregular da Lua. A Lunakod se assemelha a uma formiga gigante, tanto assim que não era mais possível olhar para as pernas articuladas de um inseto sem um renovado sentimento de respeito e a realização de que o que era antes um dado adquirido, e considerado uma adaptação simples, representava uma solução tecnológica muito sofisticada para o problema da mobilidade sobre terreno irregular” (Michael Denton, Evolution: A Theory in Crisis, p. 333).

Para o blogueiro português Sérgio Miguel Mats, o design, elegância e sofisticação presentes nas formas de vida são exatamente o que seria de esperar se elas fossem o resultado do poder criativo sobrenatural de Deus. “Que a vida tem design é feito óbvio pelas tentativas bem-sucedidas em copiar o que Deus criou. O homem que rejeita Deus se encontra, assim, na posição irracional de negar o design que existe na biosfera, enquanto tenta copiar esse mesmo ‘não existente’ design”, diz ele.

Detalhe: a formiga é bem forte, sem dúvida, mas o bicho mais forte do mundo é o besouro-rinoceronte. Ele suporta até 850 vezes o próprio peso – é como se um homem de 70 kg conseguisse levantar 60 toneladas!

Michelson Borges

Asa de libélula e turbina de vento

Energia eólica é aquela gerada pelo vento ao passar por hélices que acionam turbinas. A dificuldade nesse tipo de equipamento é que ele tem que aproveitar os ventos fracos e evitar a sobrecarga de energia que pode ser causada por ventos muito fortes. Nas turbinas eólicas de grande porte, existe um sistema informatizado que ajusta o ângulo das lâminas das hélices compensando a força dos ventos. Mas, em turbinas menores, o custo desse sistema não compensa o ganho de energia. O que fazer, então? A resposta está no design inteligente da asa das libélulas.

Quem descobriu isso foi o engenheiro aeroespacial Akira Obata, da Universidade Nippon Bunri, em Oita, no Japão. Oita realizou testes e percebeu que, conforme o ar flui entre as asas de uma libélula, pequenos picos em sua superfície criam uma série de vórtices giratórios. Assim, o ar flui sem problemas em torno dos vórtices, como uma esteira correndo sobre rodas, com pouca resistência em velocidades baixas.

O engenheiro usou a descoberta para desenvolver um modelo de baixo custo de turbina de vento com pás de apenas 25 centímetros que incorporam as mesmas “deformidades” encontradas nas asas da libélula.

Assim, mais uma vez, o design inteligente com que a natureza foi dotada inspira a inteligência humana para desenvolver “novas” tecnologias. Não é à toa que o livro de Jó nos convida: “Faça perguntas às aves e aos animais, e eles o ensinarão. Peça aos bichos da terra e aos peixes do mar, e eles lhe darão lições. Todas essas criaturas sabem que foi a mão do Deus Eterno que as fez” (12:7-9).

Michelson Borges

Novo material imita cicatrização biológica

Imagine um material que detecta danos em sua estrutura e que seja capaz de reparar automaticamente esses “ferimentos”. Sim, esse “material” já existe no corpo humano (na pele e nos ossos, por exemplo), mas o que pesquisadores da Universidade do Estado do Arizona, nos Estados Unidos, querem fazer é criar um material que imite as propriedades biológicas de sentir a presença de danos, interromper sua progressão e se regenerar.

O material foi chamado de “estrutura autônoma adaptativa” e, como explica o site Inovação Tecnológica, o funcionamento dessa estrutura depende de polímeros com memória de forma no interior de uma rede de fibras ópticas. As fibras ópticas cumprem o duplo papel de sensores para detectar os danos ocorridos e meios para levar “estímulos termais” para o interior do material. É o calor que produz uma resposta do compósito que imita o sistema de cicatrização dos sistemas biológicos. Um laser infravermelho injeta luz através do sistema de fibras ópticas para aquecer o material no local onde foi detectada a fratura, estimulando os mecanismos de endurecimento e cura, que fazem com que os polímeros retornem ao seu formato original. O efeito de memória de forma dos polímeros recupera 96 por cento da resistência original do objeto.

Quanta inteligência e quanto dinheiro/tempo foram necessários para desenvolver essa tecnologia? Os pesquisadores dão tudo de si e usam tudo o que podem para chegar a 96 por cento de eficácia na imitação de um sistema 100 por cento eficaz, que funciona bem desde que foi criado (porque, caso não funcionasse, eu não estaria aqui escrevendo isto e você não estaria aí lendo).

Grandes e maravilhosas são as obras do Criador que pensou em cada detalhe para garantir nosso conforto e minimizar os problemas deste mundo que espera a final restauração.

Michelson Borges

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