terça-feira, dezembro 13, 2005

Amor escrito nas estrelas

O Sol é uma estrela de tamanho médio e cor amarela. O processo de fusão nuclear transforma o hidrogênio, seu gás mais abundante, em hélio e emite energia. É uma verdadeira bomba atômica sob controle.

Pertencente à Via Láctea, o Sol é a estrela mais próxima da Terra e a única de todo o sistema solar. Sua luz leva cerca de 8 minutos para chegar à Terra (a uma distância de 150.000.000 km). Ele é muito importante para a vida na Terra, atuando como motor da dinâmica atmosférica e oceânica, e fonte para a fotossíntese das plantas.

A superfície visível do Sol, a fotosfera, tem um aspecto granulado. Os grãos são o lugar por onde emerge o calor. Numa ampla faixa equatorial se percebem zonas escuras, as chamadas manchas solares, que cumprem um ciclo de 11 anos. O chamado Astro-Rei é 333.400 vezes maior que a Terra e tem mais de 99% da massa de todo o sistema solar. Sua temperatura é de cerca de 6.000°C, na superfície, e de mais de 15.000.000°C no núcleo. Na coroa, a parte mais externa, a temperatura pode chegar a 1 milhão de graus – o que os cientistas ainda não conseguem explicar.

Nossa estrela de quinta grandeza é uma dentre trilhões que existem pelo Universo afora. O que surpreende os leitores da Bíblia é saber que Deus conhece todas as estrelas, “e as chama pelo seu nome” (Sal. 147:4). Isso é um grande motivo de conforto. Os seres humanos estão na faixa dos 6 bilhões, o que é muito pouco em comparação com a quantidade de estrelas. Se Deus conhece cada estrela, o que dizer das pessoas, que são o alvo supremo de Sua consideração?

Michelson Borges é jornalista, membro da Sociedade Criacionista Brasileira (www.scb.org.br) e autor dos livros A História da Vida e Por Que Creio (www.cpb.com.br).

Feitos para voar

As aves foram magnificamente projetadas para voar. A maioria de seus ossos são ocos ou esponjosos, o que os torna muito leves. O seu corpo é aerodinâmico, oferecendo pouca resistência ao ar. Além disso, elas são dotadas de músculos fortes, capazes de produzir movimentos vigorosos.

As penas são uma verdadeira maravilha da engenharia. Formadas por uma substância protéica denominada queratina, são compostas por um tubo, o cálamo, que está preso à epiderme; um eixo, a ráquis, que vai se estreitando até sua ponta; e o escapo, que é a mais axial. A ráquis leva o estandarte, que é formado de cada lado pelas barbas e pelas bárbulas, que são as verdadeiras unidades anatômicas das penas. Algumas penas, as rêmiges das asas e as retrizes da cauda têm por função o vôo – tudo interconectado por um eficientíssimo sistema de nervos e sensores na pele.

O vôo é uma função altamente especializada que requer muitos detalhes. Seria de se esperar que a evolução gradual do vôo e mesmo das penas (que supostamente evoluíram das escamas dos répteis) deixasse alguma evidência no registro fóssil. No entanto, aves, insetos e morcegos aparecem na coluna geológica com a capacidade de voar plenamente desenvolvida.

Além dos músculos associados ao vôo, as aves têm a visão e a audição muito desenvolvidas. Os olhos são de grande importância. Devido à posição deles e à capacidade de virar a cabeça mais de um semicírculo para cada lado, as aves têm um campo visual mais extenso que o dos mamíferos.

Os olhos são enormes, por vezes maiores do que o cérebro. Têm grande capacidade de acomodação ocular, podendo focar rapidamente objetos. Podem servir como telescópio e como lentes de aumento, e foram concebidos para captar o máximo de luminosidade. O olho da coruja, por exemplo, capta uma quantidade de luz 100 vezes superior à captada pelo olho humano.

E o que é ainda mais impressionante: sabe-se que as aves usam ritmos muito parecidos com os usados na música feita pelo homem. Segundo pesquisadores da área, Mozart escreveu uma melodia inspirada no canto do estorninho.

Agora pense um pouco. Suponha que uma ave desenvolvesse certo tipo de asa, mas os músculos do peito não tivessem força suficiente. Seria capaz de voar? E se não conseguisse enviar energia para os músculos rapidamente? Voaria? E se suas penas tivessem sido feitas como escamas de peixe ou de réptil, por exemplo? E se elas não tivessem a forma intrincada que têm, permitindo mudanças constantes? E se essas mudanças não se refletissem no ouvido interno e não fossem enviadas ao cérebro para a coordenação ser perfeita? E se uma peça do equipamento estivesse ausente ou ainda em formação, ele voaria?

As aves sempre fascinaram o ser humano. E a própria Bíblia utiliza-se da águia como figura de linguagem: “Mas os que esperam no Senhor renovam as suas forças, sobem com asas como águias, correm e não se cansam, caminham e não se fatigam.” Ouça a “voz das aves” declarando que Deus é o Criador.

Michelson Borges é jornalista, membro da Sociedade Criacionista Brasileira (www.scb.org.br) e autor dos livros A História da Vida e Por Que Creio (www.cpb.com.br).

O milagre da vida

Ao longo da História – e especialmente em nossos dias – o sexo foi tão banalizado que poucos vêem a sublime união de dois seres como um dom divino. O ato de gerar uma vida através do encontro dos gametas masculino e feminino é fruto de uma engenharia além de nossa imaginação.

Como teriam se desenvolvido ao longo das eras e por processos casuais os complexos mecanismos da reprodução?

Existe um paradoxo que sempre intrigou os pesquisadores: os seres vivos gastam um tempo precioso em busca de um parceiro e, quando o encontram, muitas vezes precisam proteger o “achado” de rivais. Mas, mesmo quando todo o esforço vale a pena, no caso individual ou da espécie, o sexo como forma de reprodução perde de longe para a reprodução assexuada. É pura matemática: enquanto cada indivíduo assexuado é capaz de ter um filho, na reprodução sexuada são necessários dois indivíduos. O resultado é que, desconhecendo o sexo, uma espécie pode se reproduzir duas vezes mais depressa. Como uma lei biológica elementar faz com que qualquer espécie tenda a propagar o seu estoque genético ao máximo – isto é, mediante o nascimento do maior número possível de indivíduos – então o certo seria antes só do que acompanhado.

Mas não é isso o que se observa na natureza e aí está o paradoxo: apenas a minoria de 15 mil espécies animais, das cerca de 2 milhões existentes no planeta, “prefere” se reproduzir assexuadamente, ou seja, crescendo e se dividindo. Talvez alguns respondam que os animais “preferiram” a reprodução sexuada pois, assim, é possível embaralhar as características maternas e paternas, criando em uma mesma espécie seres geneticamente diversificados e, portanto, com maiores chances de sobreviver.

Na verdade, o sistema nervoso de todo animal já nasce programado para o sexo. Como uma espécie de seguro adicional, os genes ainda fazem com que certas glândulas jorrem hormônios, que desencadeiam o desejo, a atração sexual. Amar, de certo modo, é ter reações químicas em cascata. No caso da espécie humana, quatro milhões de receptores na pele podem captar os estímulos recebidos e enviar a mensagem do prazer ao cérebro. Como se pode perceber, é outro tipo de sistema perfeitamente ajustado e planejado, cuja perfeição deveria existir desde o início.

Se o ato conjugal é algo biologicamente maravilhoso, o que dizer da concepção e da gestação? Uma única célula ovo, formada pela união do espermatozóide com o óvulo, passa a se multiplicar e a se diferenciar, dando origem a células diferentes que farão parte de tecidos e órgãos especializados.

É interessante como Jó descreveu esse processo: “Não me derramaste como leite e não me coalhaste como queijo? De pele e carne me vestiste e de ossos e tendões me entreteceste” (Jó 10:10 e 11). E o rei Davi, mil anos antes de Cristo, também ficou fascinado com a formação de um ser humano: “Pois Tu formaste o meu interior. Tu me teceste no seio de minha mãe. Graças Te dou, visto que por modo assombrosamente maravilhoso me formaste; as Tuas obras são admiráveis, e a minha alma o sabe muito bem; os meus ossos não Te foram encobertos, quando no oculto fui formado e entretecido como nas profundezas da terra. Os Teus olhos me viram a substância ainda informe, e no Teu livro foram escritos todos os meus dias, cada um deles escrito e determinado, quando nem um deles havia ainda” (Sal. 139:13-16).

Michelson Borges é jornalista, membro da Sociedade Criacionista Brasileira (www.scb.org.br) e autor dos livros A História da Vida e Por Que Creio (www.cpb.com.br).

O espetáculo da luz

A luz, tão comum em nosso dia-a-dia, é um fenômeno que fascina os pesquisadores. Ainda hoje não é possível defini-la como onda ou partícula, pois ela se comporta das duas formas. Carl Sagan, em seu livro Bilhões e Bilhões, reconhecendo a singularidade da luz, escreveu que “esse dualismo onda-partícula nos lembra mais uma vez um fato humilhante fundamental: a natureza nem sempre se ajusta às nossas predisposições e preferências, ao que consideramos confortável e fácil de compreender” (pág. 47).

Nas palavras do jornalista Francisco Lemos, “luz é ... um tipo de energia especial que viaja pelo espaço como se estivesse empacotada em bolinhas muito pequenas, conhecidas como fótons. Essas partículas viajam enfileiradas, formando raios luminosos. ... As partículas que formam a luz são a coisa mais rápida do Universo. Elas viajam a 300 mil quilômetros por segundo. Isso é velocidade suficiente para dar oito voltas ao redor da Terra em um segundo” (Natureza Viva, pág. 268).

Ao analisar o fenômeno da visão, surgem algumas dúvidas: Por que nossos olhos captam apenas o espectro da luz visível? Por que não temos olhos capazes de visualizar os raios gama, por exemplo? A resposta, mais uma vez, tem que ver com planejamento inteligente. A maioria dos materiais absorve pouco a luz visível, razão pela qual vemos as coisas – a partir da luz refletida nelas. No entanto, o ar é geralmente transparente à luz visível. Assim, a luz atravessa a atmosfera e chega até nós, possibilitando-nos o fenômeno da visão. Os raios gama, por outro lado, são inteiramente absorvidos pela atmosfera antes de chegar ao chão. Olhos de raios gama, portanto, teriam emprego limitado numa atmosfera que torna tudo negro como breu no espectro de raios gama.

A multiplicidade das bênçãos recebidas do Sol da Justiça, como Deus é comparado na Bíblia, é bem ilustrada pelo espectro da radiação solar. Cerca de 70% da energia irradiada pelo Sol situa-se entre os comprimentos de onda de 0,3 a 1,5 microns, correspondente à banda da luz visível, acrescida do infravermelho e da luz ultravioleta. Essa é exatamente a faixa da radiação necessária à manutenção da vida. Notável “coincidência” que se constitui em mais uma evidência de planejamento na Criação.

Michelson Borges é jornalista, membro da Sociedade Criacionista Brasileira (www.scb.org.br) e autor dos livros A História da Vida e Por Que Creio (www.cpb.com.br).

As leis do Universo

“Quando se percebe que as leis da natureza são sintonizadas de modo a produzir o Universo visível, chega-se à conclusão de que a vida não aconteceu simplesmente, que existe um propósito por trás disso tudo”, disse o físico John Polkinghorne.

Pelo modelo da evolução, teríamos de admitir que leis constantes e imutáveis – como a da gravidade – teriam evoluído do nada. E, se ainda evoluirão, nada garante que estaremos aqui, no futuro. Algo muito intrigante a respeito dessas leis, contudo, é que há nelas certos fatores cujos valores têm de ser fixados com precisão para que o Universo, tal como o conhecemos, exista. Entre estas constantes fundamentais há a unidade de carga elétrica sobre o próton, as massas de certas partículas fundamentais e a constante universal da gravitação de Newton, comumente referida pela letra “G”.

Sobre isso, o Prof. Paul Davies escreveu na revista New Scientist: “Poucos são os cientistas que não se impressionam com a quase inconcebível simplicidade e elegância dessas leis. ... Até mesmo mínimas variações nos valores de algumas delas alterariam drasticamente a aparência do Universo. Por exemplo, Freeman Dyson enfatizou que, se a força entre os núcleos (prótons e nêutrons) fosse apenas alguns por cento mais forte, o Universo ficaria sem hidrogênio. Estrelas, como o Sol – para não mencionar a água – talvez não existissem. A vida, como a conhecemos, seria impossível. Brandon Carter mostrou que mudanças muitíssimo menores na constante ‘G’ transformariam todas as estrelas em gigantes azuis ou anãs vermelhas, com conseqüências igualmente funestas sobre a vida.” E Davies conclui: “Neste caso, é concebível a existência de apenas um único Universo. Se assim for, é um notável pensamento que a nossa existência como seres conscientes é uma inescapável conseqüência da lógica.”

Alguns podem chamar de “lógica” a harmonia das leis naturais. Prefiro, no entanto, crer que as evidências de planejamento sugerem a existência de um Criador inteligente. A declaração bíblica tem ecoado ao longo dos séculos: “Os céus manifestam a glória de Deus e o firmamento anuncia a obra de Suas mãos” (Salmo 19:1).

Muitos cientistas têm chegado à conclusão sobre a qual os teólogos e religiosos se debruçam há muito: é difícil admitir o surgimento de tudo o que nos rodeia pelo simples acaso. Ao ser perguntado por um repórter se acredita em Deus, o astrofísico francês Hubert Reeves deu uma resposta sincera: “Você me pergunta se acredito em alguma coisa. Eu acho que acredito, mas não sei em quê. Posso dizer no que não acredito, ou seja, que apenas o acaso ou a sorte criaram uma música maravilhosa como a de Mozart.”

Michelson Borges é jornalista, membro da Sociedade Criacionista Brasileira (www.scb.org.br) e autor dos livros A História da Vida e Por Que Creio (www.cpb.com.br).

A máquina mais complexa do Universo

“Não há prazer mais complexo que o de pensar”, já dizia o poeta e escritor argentino Jorge Luís Borges. De fato, o aparentemente simples processo do pensamento é algo de complexidade espantosa. Nosso corpo é controlado e coordenado por mais de três trilhões de células nervosas, nove bilhões das quais situadas no córtex cerebral. Se elas fossem alinhadas ponta a ponta, sua extensão atingiria mais de 75 quilômetros! Tudo isso é coordenado por 120 trilhões de “caixas de conexão”. Esse intrincado sistema é compactado em um insondável complexo de caminhos neurais. A tarefa de contar cada terminação nervosa do cérebro à velocidade de uma por segundo levaria 32 milhões de anos!

Impulsos nervosos se deslocam a velocidades altíssimas nas fibras nervosas para transmitir informações a cada ponto do corpo. O sistema é semelhante a uma nação moderna interconectada por bilhões de fios telefônicos. Essa imensa rede de comunicações recebe ou emite 100 milhões de impulsos eletroquímicos por segundo. Ela está conectada a cada milímetro quadrado da pele, a cada músculo, vaso sangüíneo, osso ou órgão. E tudo isso através da medula e do cérebro, que pesa cerca de 1,5 quilo e, no entanto, consome sozinho mais de 20% da energia requerida pelo corpo.

Pense na batida inconsciente do coração, nas pálpebras piscando, na respiração contínua dos pulmões, nos alimentos sendo processados pelos intestinos, numa perna que se move. Tudo isso é organizado e dirigido pelo cérebro. Pense nas emoções, na atração sexual, no amor entre pais e filhos, nos sonhos e pensamentos. Eles também são produtos do cérebro. Sua missão mais elementar é recolher os estímulos externos, captados pelos sentidos, e transformá-los em impulsos elétricos que percorrem os neurônios. Toda essa informação é catalogada e arquivada na memória. É a ela que o cérebro recorre quando precisa tomar decisões, comandar os movimentos corporais e organizar o pensamento.

Neste exato momento, seu sistema nervoso está processando uma série de informações ao mesmo tempo: a interpretação destas palavras, a textura do papel deste livro, os sons de fundo no ambiente, os odores, etc. E você quase nem percebe isso.

O profundo e novo conhecimento sobre o cérebro, adquirido em grande escala nos anos recentes, mostra que esse órgão foi maravilhosamente projetado, e capacitado além das maravilhas que a imaginação ignorante lhe atribuía. Num questionamento bastante simplista, seria possível uma mera combinação acidental de massa, energia, acaso e tempo produzir órgão tão maravilhoso e complexo?

Por inspiração, o rei Davi escreveu palavras, há três mil anos, que não podem ser superadas: “Pois Tu formaste o meu interior, Tu me teceste no seio de minha mãe. Graças Te dou, visto que por modo assombrosamente maravilhoso me formaste; as Tuas obras são admiráveis, e a minha alma o sabe muito bem” (Salmo 139:13 e 14).

Michelson Borges é jornalista, membro da Sociedade Criacionista Brasileira (www.scb.org.br) e autor dos livros A História da Vida e Por Que Creio (www.cpb.com.br).

Impressões microscópicas

Talvez uma das melhores evidências de planejamento na natureza venha de algo que se pode considerar a forma de vida mais primitiva: a bactéria. Muitos tipos de bactérias têm um sistema propulsor chamado “flagelo”, que é uma estrutura móvel semelhante a um chicote. Ao girar, o flagelo faz com que o organismo deslize pela água, impulsionado sobre o substrato no qual vive. Esse mecanismo apresenta detalhes incríveis, a começar pelo tamanho: é um aparato de menos de 25 nanômetros de diâmetro, algo como um bilionésimo de centímetro.

O ser humano tem orgulho de sua criatividade na invenção da roda. O flagelo bacteriano é construído sobre o mesmo princípio da roda. Na verdade, há uma série de rodas que giram sobre um eixo. E é a rotação dessas rodas – que giram numa superfície sem fricção a mais de 18 mil rotações por segundo – que faz com que o flagelo se mova. A indústria tem grande interesse nesse sistema rotor bacteriano por causa de sua eficiência.

Mas o que faz esse rotor funcionar? Um motor elétrico! A membrana celular na qual esse aparato está encaixado produz uma corrente elétrica ao bombear íons (principalmente de hidrogênio) pela membrana. Essa corrente elétrica é assimilada pelo rotor do flagelo e o faz girar. Além disso, a bactéria é capaz de controlar seu deslocamento com velocidades variadas, podendo girar o flagelo mais devagar ou mais rápido.

Design e engenharia. Os melhores engenheiros não conseguiram desenvolver mecanismos como o rotor bacteriano. “Tudo na bactéria parece dizer: engenharia, inteligência, planejamento”, afirma o Dr. Richard Lumsden, ex-professor da Tulane University.

Se entrássemos numa loja e víssemos uma máquina desse tipo, o que pensaríamos? Que as peças se juntaram por acaso, sem planejamento, sem propósito ou sem um processo criativo? É claro que não. Teria sido construída pela General Electric ou por outra empresa. As bactérias* não foram feitas pelo ser humano, mas são muito mais sofisticadas do que qualquer mecanismo que a humanidade já construiu.

* Lembre-se de que, apesar de haver bactérias nocivas, há também as que são benéficas aos seres vivos.

Michelson Borges é jornalista, membro da Sociedade Criacionista Brasileira (www.scb.org.br) e autor dos livros A História da Vida e Por Que Creio (www.cpb.com.br).

segunda-feira, dezembro 12, 2005

Examinando a Criação

O que você pensaria se eu lhe dissesse que as palavras deste texto surgiram aqui por acaso? Que, em algum momento, gotas de tinta acabaram caindo nesta folha e se agrupando – casualmente e ao longo do tempo – em letras, palavras e frases. Meio difícil de se aceitar, não? No entanto, é mais ou menos dessa maneira que os evolucionistas entendem (e tentam explicar) o surgimento do Universo e da vida neste planeta.

Para eles (os evolucionistas) que defendem a origem de tudo sem a necessidade de um Criador, por processos naturais, tempo e acaso são os heróis da história. Dado tempo suficiente, dizem, até “milagres” acontecem. Por outro lado, há os criacionistas – aqueles que sustentam a idéia de que vida só provém de vida e que todo efeito deriva de uma causa (no caso, a energia, a matéria e a vida teriam provindo de Deus).
É preciso deixar bem claro que tanto o criacionismo quanto o evolucionismo são apenas teorias e que, portanto, carecem de provas. Mas os meios de comunicação nem sempre mostram as coisas dessa forma. Não posso provar por A mais B que Deus criou o Universo; mas também não posso provar que Ele não o criou. Portanto, tudo o que temos são evidências.

O fato de muitos cientistas serem ateus ou agnósticos acaba influenciando as pessoas. Mas esses profissionais se definem assim por convicções que nada têm que ver com a ciência. Querem, por isso, acreditar que o mundo natural que estudam é tudo o que existe e, sendo humanos, tentam persuadir a si mesmos de que a ciência lhes dá argumentos para apoiar suas crenças pessoais.

É preciso abrir a mente e o coração para ver as digitais do Grande Projetista, como diz certa música:

“Há no céu, no mar, na flor,
Um detalhe de amor;
Há também no entardecer
A poesia do nascer!
Na beleza natural,
Eu contemplo o digital
Dessa mão que me criou.”

Olhe atentamente o mundo ao seu redor: as plantas, as flores, os pássaros, as montanhas, as estrelas, o corpo humano... e você verá as digitais do Criador.

Michelson Borges é jornalista, membro da Sociedade Criacionista Brasileira (www.scb.org.br) e autor dos livros A História da Vida e Por Que Creio (www.cpb.com.br).

Ouça esse texto aqui.

Programados para viver

Os animais e os instintos que lhes garantem a sobrevivência revelam engenharia e planejamento formidáveis. Estudos revelam que o castor, por exemplo, não precisaria necessariamente construir represas para sobreviver. Trata-se antes de esbanjamento de engenhosidade. Uma perícia “supérflua”, incompatível com o esquema evolucionista que enfatiza a predominância do mais apto, fazendo persistir apenas indivíduos e características indispensáveis para a própria sobrevivência.

Teria evoluído ao acaso essa instintiva habilidade construtora, sem dúvida benéfica para vários animais? Parece mais lógico encarar as capacidades instintivas do castor no contexto dos desígnios iniciais do Criador, o qual, programando no cérebro do animal o instinto de construir represas perfeitas, designou-o para, dessa maneira, contribuir para um melhor equilíbrio geral da natureza.

Outros mamíferos também têm seus exemplos de instintos imprescindíveis. As mães de muitos desses animais placentários cortam o cordão umbilical dos recém-nascidos, removem o saco embrionário e estimulam os filhotes, lambendo-os. É o tipo de comportamento que tinha de estar certo na primeira vez, levando-nos a crer que esses animais foram criados com esse importante instinto de sobrevivência.

E o que dizer dos seres que vivem em sociedades e colônias? As abelhas, por exemplo, são exímias construtoras, capazes de fabricar favos com células hexagonais, que aproveitam ao máximo o espaço disponível para armazenamento de mel. É inconcebível imaginar esse inseto fabricando favos na base da tentativa e erro, ao longo de milhões de anos. Tanto que o próprio Darwin chegou a admitir que essa engenhosidade das abelhas poderia “derrubar toda [sua] teoria” (Ciência Hoje, julho de 1995, pág. 9).

Animais como as abelhas, as formigas e os cupins dependem de conjuntos de complexos instintos para sobreviver. Como poderiam esses instintos terem-se desenvolvido aos poucos? Até que estivessem funcionando a contento, os animais já teriam desaparecido.
A beleza e funcionalidade da natureza e dos seres que ela abriga revelam as digitais daquele que os criou. Tanto que o presidente da Federação Mundial de Cientistas, Dr. Antonino Zichichi, em seu livro Por Que Acredito Naquele que Fez o Mundo, pág. 119 (Editora Objetiva), chegou a afirmar que a “natureza não é um livro escrito ao acaso, mas uma construção maravilhosa”. Mas por que tantos outros não vêem isso? Talvez porque, como disse Nicolas de Malebranche, “os preconceitos ocupam uma parte do espírito e infectam a outra”.

Michelson Borges é jornalista, membro da Sociedade Criacionista Brasileira (www.scb.org.br) e autor dos livros A História da Vida e Por Que Creio (www.cpb.com.br).

Água da vida

Nem sempre pensamos na maravilha química que está por detrás de um simples copo de água ou de uma gota de chuva. Nesta era de alta tecnologia e engenharia avançada, a mistura de hidrogênio e oxigênio (H2O) é a imagem da simplicidade. No entanto, a água é uma das substâncias mais notáveis do Universo. E os fenômenos relacionados a ela são prova disso.

1. Ação capilar. É a capacidade que a água possui de subir dentro de tubos finos, desafiando a força da gravidade. Quando se coloca a água em um tubo de ensaio, por exemplo, percebe-se que as bordas do líquido em contato com as paredes de vidro se curvam levemente. Isso acontece porque o hidrogênio no material sólido atrai o oxigênio do líquido, fazendo com que a água "se empurre para cima". Quanto mais fino o tubo, mais rápido a água sobe.

É justamente o fenômeno da ação capilar que mantém vivas todas as plantas, pois do contrário a água e os nutrientes do solo não conseguiriam chegar às folhas mais altas. Desafiando a gravidade e sem a necessidade de bombas, a água sobe através dos veios das plantas.

2. Gelo. Por que o gelo flutua? É uma ocorrência tão normal que achamos o fato comum. Mas o gelo não deveria flutuar, pois é sólido. As moléculas dos sólidos são muito mais unidas do que a dos líquidos. Por isso, quase todas as substâncias são mais pesadas no estado sólido. Mas não a água. Ela parece seguir uma lei própria.

A princípio, quando a água é resfriada, ela segue o comportamento usual dos líquidos: contrai-se, fica mais densa. Mas quando ela esfria abaixo de 4 graus negativos, de repente, começa a se expandir, a ficar menos densa, graças a uma propriedade especial das pontes de hidrogênio de suas moléculas.

É justamente devido ao fato de a água congelada ser mais leve que a líquida, que a vida nos rios e lagos pode ser mantida. Caso a água não se comportasse dessa forma, os rios, lagos e mares ficariam congelados por inteiro no inverno. Mas o que ocorre é que o gelo sólido flutua acima da massa de água líquida, formando uma camada de isolamento que impede o congelamento da água abaixo. Assim, os peixes e outros animais aquáticos são protegidos durante as estações frias.

3. Capacidade de absorver calor sem ferver. A regra é: quanto mais leve a substância, mais baixo o ponto de fervura. Se a água, que está entre as substâncias mais leves, se comportasse como deveria, ferveria a 53 graus negativos! Isso significaria que mesmo o gelo dos pólos ferveria. O sangue também ferveria no corpo dos seres vivos. Enfim, seria uma catástrofe.

Felizmente, a água, mais uma vez, se comporta de modo único. Ela tem ponto de fervura bastante alto, 100ºC. Portanto, é capaz de absorver grande quantidade de calor sem ferver. Por isso mesmo é usada como agente resfriador no motor dos automóveis, por exemplo. E é ela que serve como moderador climático, pois a grande quantidade de umidade na atmosfera regula os extremos de temperatura, tornando a vida possível neste planeta.

Na próxima vez que você beber um copo de água, pense no amor e no cuidado de Deus em criar um líquido tão singular, sem o qual a vida seria impossível.

Michelson Borges é jornalista, membro da Sociedade Criacionista Brasileira (www.scb.org.br) e autor dos livros A História da Vida e Por Que Creio (www.cpb.com.br).

Ouça esse texto aqui.

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