
Teria evoluído ao acaso essa instintiva habilidade construtora, sem dúvida benéfica para vários animais? Parece mais lógico encarar as capacidades instintivas do castor no contexto dos desígnios iniciais do Criador, o qual, programando no cérebro do animal o instinto de construir represas perfeitas, designou-o para, dessa maneira, contribuir para um melhor equilíbrio geral da natureza.
Outros mamíferos também têm seus exemplos de instintos imprescindíveis. As mães de muitos desses animais placentários cortam o cordão umbilical dos recém-nascidos, removem o saco embrionário e estimulam os filhotes, lambendo-os. É o tipo de comportamento que tinha de estar certo na primeira vez, levando-nos a crer que esses animais foram criados com esse importante instinto de sobrevivência.
E o que dizer dos seres que vivem em sociedades e colônias? As abelhas, por exemplo, são exímias construtoras, capazes de fabricar favos com células hexagonais, que aproveitam ao máximo o espaço disponível para armazenamento de mel. É inconcebível imaginar esse inseto fabricando favos na base da tentativa e erro, ao longo de milhões de anos. Tanto que o próprio Darwin chegou a admitir que essa engenhosidade das abelhas poderia “derrubar toda [sua] teoria” (Ciência Hoje, julho de 1995, pág. 9).
Animais como as abelhas, as formigas e os cupins dependem de conjuntos de complexos instintos para sobreviver. Como poderiam esses instintos terem-se desenvolvido aos poucos? Até que estivessem funcionando a contento, os animais já teriam desaparecido.
A beleza e funcionalidade da natureza e dos seres que ela abriga revelam as digitais daquele que os criou. Tanto que o presidente da Federação Mundial de Cientistas, Dr. Antonino Zichichi, em seu livro Por Que Acredito Naquele que Fez o Mundo, pág. 119 (Editora Objetiva), chegou a afirmar que a “natureza não é um livro escrito ao acaso, mas uma construção maravilhosa”. Mas por que tantos outros não vêem isso? Talvez porque, como disse Nicolas de Malebranche, “os preconceitos ocupam uma parte do espírito e infectam a outra”.
Michelson Borges é jornalista, membro da Sociedade Criacionista Brasileira (www.scb.org.br) e autor dos livros A História da Vida e Por Que Creio (www.cpb.com.br).