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O ouvido humano é um sensor biológico de grande sensibilidade, com capacidade de detectar uma gama de freqüências e intensidades sonoras. A audição se compõe de dois elementos – um mecânico e outro que envolve impulsos nervosos e elétricos.
O som entra pelo ouvido externo, ou aurícula (a orelha). Sua forma de concha permite que o máximo de som seja direcionado para o sistema auditivo. Dentro do ouvido, o som passa por um tubo curto (o canal auditivo externo), atingindo uma membrana, o tímpano, que vibra com a pressão das ondas sonoras. Essa vibração é transmitida através da cavidade, ou ouvido médio, situada do outro lado do tímpano, por uma série de ossículos que formam um conjunto móvel: o estribo, a bigorna e o martelo, que fica em contato com a membrana do tímpano.
Depois do ouvido médio, fica o ouvido interno, ou cóclea, cuja estrutura em forma de hélice é basicamente um tubo preenchido por um líquido e revestido de terminações nervosas.
O mais interessante é que os músculos do tímpano – os menores músculos do corpo humano – se contraem involuntariamente quando a pessoa é exposta a sons de grande intensidade. Essa contração ocorre cerca de um décimo de segundo após o ouvido ter sido exposto ao som intenso ou mesmo antes de a pessoa emitir a própria voz. Tudo isso para proteger o ouvido interno da fadiga, interferência e danos potenciais que podem ser causados por emissões de som de grande intensidade pela própria pessoa, e que poderiam resultar em níveis elevados de som dentro da cabeça.
A complexidade do ouvido e seus mecanismos de proteção são inteiramente inexplicáveis à luz das teses evolucionistas e apontam para o desígnio, propósito e planejamento defendidos pelo criacionismo. Afinal, como explicar a evolução gradual das partes componentes do sistema auditivo, já que elas são totalmente interdependentes? Como explicar a especialização evidente de cada uma delas? E mais: como explicar que tenham “surgido” dois desses sensores auditivos complexos?
Como diz Apocalipse 2:7, “quem tem ouvidos [e razão para entender], ouça”.
Michelson Borges é jornalista, membro da Sociedade Criacionista Brasileira (www.scb.org.br) e autor dos livros A História da Vida e Por Que Creio (www.cpb.com.br).