quinta-feira, setembro 20, 2007

Pronto para nascer

Um dos momentos mais maravilhosos da vida é quando um bebê vem à luz. A hora do parto exige muitos cuidados médicos, mas impressiona o fato de tanto o bebê quanto a mãe serem dotados de “dispositivos” que auxiliam e muito o trabalho dos parteiros. Uma dessas facilidades tem a ver com o tipo de esqueleto que o bebê tem em tenra idade.

Cerca de 97% dos bebês nascem saindo primeiro a cabeça. O esqueleto do feto é suave e flexível, o que o ajuda a passar pelo canal vaginal. Se o esqueleto da criança fosse inteiramente de osso, seria bem mais difícil nascer. Mas se não é de osso, do que é então? Resposta: de cartilagem.

A cartilagem é um tecido elástico, flexível e extremamente resistente, aderente às superfícies articulares dos ossos – as partes do esqueleto que dobram. Ela também é encontrada em outros lugares como na orelha e na ponta do nariz. O tecido cartilaginoso serve para dar forma e sustentação a algumas partes do corpo, mas com menor rigidez do que os ossos. Além disso, serve também para que os ossos não atritem – arranhem – ao se movimentar uns sobre os outros.

A cartilagem que forma o esqueleto inicial do feto tem um nome diferente: hialina. É a partir dela que os ossos se desenvolverão, num processo chamado ossificação endocondral. Durante o desenvolvimento ósseo, a cartilagem hialina funciona como uma placa de crescimento que continua funcional enquanto o osso estiver crescendo em comprimento. No adulto, a cartilagem hialina está presente na superfície das articulações, na traquéia, nos brônquios, na laringe, no nariz e nas extremidades das costelas (cartilagens costais).

Interessante também é que se houver uma fratura na cartilagem, células especiais “invadem” a área lesada e dão origem a tecido cartilaginoso que repara a fratura. Tudo automático!

Enquanto a maior parte do osso endurece gradualmente, conforme crescemos, as extremidades dos ossos permanecem como cartilagem durante toda a vida e formam uma espécie de almofada elástica nas juntas.

Só mais um detalhe importante: em um bebê os ossos da cabeça ainda estão sendo formados e não estão grudados, de forma que todo o crânio é ligeiramente flexível. Isso também permite que a cabeça da criança emerja facilmente na hora do nascimento.

Esses mecanismos todos tinham que funcionar perfeitamente desde o início, ou do contrário mãe e bebê não viveriam para contar a história.

“Graças de dou, visto que por modo assombrosamente maravilhoso me formaste; as Tuas obras são admiráveis, e a minha alma o sabe muito bem” (Salmo 139:14).

Michelson Borges é jornalista, membro da Sociedade Criacionista Brasileira (www.scb.org.br) e autor dos livros A História da Vida e Por Que Creio (www.cpb.com.br).

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