quinta-feira, maio 31, 2007

Nosso maior órgão

Você tem idéia de qual seja o maior órgão do corpo humano? Fígado? Não. Cérebro? Também não. Quem sabe o estômago? Errado de novo. É a pele. Isso mesmo – nos adultos, ela tem uma área de até dois metros quadrados. A pele é como uma espécie de “cartão de visita”: nenhum outro órgão do corpo deixa mais evidentes as marcas da passagem do tempo. Não é à toa que a indústria dos cosméticos investe tanto para tentar conter os efeitos danosos da idade sobre a pele.

Mas a pele é muito mais do que nossa fachada. Segundo matéria publicada na revista Veja de 22 de outubro de 2006, a pele “é um sistema orgânico que regula a temperatura do corpo, registra os estímulos agradáveis e a dor, impede a entrada de substâncias nocivas no organismo e o protege dos efeitos indesejáveis de certos tipos de radiação solar. Aparentemente inerte, ao contrário dos órgãos do corpo que pulsam, bombeiam e produzem sucos, a pele, quando exposta ao microscópio, revela um mundo surpreendente de movimentos e reações”.

Já pensou no fantástico mecanismo do tato? Quando você toca algo, imediatamente a pele dos seus dedos identifica a temperatura e a textura do objeto. E tudo graças aos corpúsculos de Pacini, Meissner e Krause, bem como outros receptores, que são as estruturas responsáveis pelo sentido do tato.

Existem aproximadamente dois mil corpúsculos de Pacini espalhados pelo corpo. E só num dedo há cerca de 75. É nanotecnologia de primeira!

Uma empresa que faz polimento de metais constatou que, no acabamento final, é preciso contar com uma mãozinha do homem (com o perdão do trocadilho). Isso porque somente a sensibilidade da palma da mão de uma pessoa treinada é capaz de detectar imperfeições sutis na superfície do metal.

“Não me vazaste como leite, e não me coalhaste como queijo? De pele e carne me vestiste, e de ossos e nervos me teceste” (Jó 10:10 e 11).

Michelson Borges é jornalista, membro da Sociedade Criacionista Brasileira (www.scb.org.br) e autor dos livros A História da Vida e Por Que Creio (www.cpb.com.br).

segunda-feira, maio 21, 2007

O pescoço da girafa

Ontem, minha esposa e eu levamos nossas duas filhas ao Zoológico de São Paulo. É impossível não ficar maravilhado com a diversidade de seres vivos e com a criatividade estética de Deus, ao ver tantos animais bonitos e diferentes. Desta vez, o que mais me chamou a atenção foram as girafas. Por dois motivos: primeiro, pela “simpatia” delas, que chegaram bem perto e posaram para as câmeras fotográficas; segundo, porque eu nunca as tinha visto de tão perto e ao contemplá-las, pude lembrar de algumas coisas que havia lido sobre esse animal fascinante.

Interessante é que já foi provado cientificamente que não existe musculatura do pescoço que seja capaz de suportar o tamanho do pescoço das girafas e que se elas abaixassem a cabeça teriam um aneurisma cerebral. Mas elas bebem água, se deitam... e o pescoço delas desafia a lei da gravidade todos os dias! Ou seja, girafas não deviam existir! Mas eu as vi com meus olhos.

A girafa é atualmente o mais alto animal do mundo, chegando a medir quase seis metros, o que faz dela também o maior ruminante terrestre, chegando a pesar mais de mil quilos. Mas o que sempre chama atenção mesmo é o pescoço delas, tanto por fora como por dentro.

Apesar de ter cerca de três a quatro metros, o pescoço da girafa se sustenta em apenas sete vértebras cervicais, típicas na maioria dos mamíferos. Parece incrível, mas a girafa tem o mesmo número de vértebras do pescoço de um rato! A única diferença é que na girafa eles são mais longos e bem maiores.

Grande também é o coração da girafa: pode pesar até 11 quilos e medir 60 centímetros de comprimento e oito centímetros de espessura nas paredes. É um dos maiores corações do mundo! E isso porque o sangue da girafa precisa ser bombeado com muita força para chegar à cabeça do animal. Mas isso ainda não é o mais incrível. Lembre-se que eu disse que ao abaixar a cabeça, a girafa poderia ter um aneurisma. Poderia.

Para que o sangue chegue até o cérebro da girafa, o aparelho circulatório dela dispõe no pescoço de muitos vasos sanguíneos com alças (divertículos) que controlam o fluxo sangüíneo para cima e para baixo – são como válvulas que ajudam o sangue a subir até o cérebro e a descer, compensando o rápido aumento de pressão quando a cabeça está abaixada.

O valor médio da razão pressão sistólica/pressão diastólica, nas girafas, é de 260/160. Esse valor, comparado com o valor médio de uma pessoa – 120/80 – classificaria a pescoçuda como hipertensa. No entanto, essa hipertensão é uma condição necessária para suprir o cérebro do animal com sangue quando o pescoço está levantado.

Naquele passeio ao zoológico, concluí mais uma vez que esse sistema circulatório superavançado teria que funcionar bem desde o primeiro momento. Do contrário, não haveria girafas para serem admiradas e fotografadas hoje em dia.

Michelson Borges é jornalista, membro da Sociedade Criacionista Brasileira (www.scb.org.br) e autor dos livros A História da Vida e Por Que Creio (www.cpb.com.br).

domingo, maio 13, 2007

Máquinas maravilhosas

Quem não fica maravilhado ao visitar uma montadora de automóveis e ver aqueles grandes braços robóticos trabalhando nos veículos? Robótica é um ramo da tecnologia que engloba mecânica, elétrica, eletrônica e computação. Cada vez mais o ser humano se utiliza de robôs para realizar diversas tarefas.

Quando Deus criou o ser humano, dotou-o de mecanismos semelhantes aos braços robotizados das indústrias, mas que deixam aquelas máquinas em grande desvantagem em termos de sofisticação. Tanto que certa vez o poeta americano Walt Whitman escreveu: “E a menor articulação da minha mão envergonharia a mais perfeita máquina.”

Observe sua mão. Mexa seus dedos. Gire o pulso e flexione o braço. Esses movimentos envolvem tecnologia de ponta! Primeiro surge um pensamento em seu cérebro: a idéia de mover alguma parte do corpo. Depois a ordem é enviada pelos nervos em forma de impulsos elétricos que viajam a velocidade de muitos metros por segundo. Quase que instantaneamente o membro se move da maneira que você pensou.

Já que falamos em mão, note bem: ela tem 27 ossos principais, sendo oito do carpo; cinco do metacarpo e 14 falanges, mais um número variável de pequenos ossos sesamóides. Os movimentos da mão humana são realizados por dois conjuntos de músculos: os intrínsecos, ou seja, que estão na própria mão; e os extrínsecos, que estão localizados no antebraço. Tudo isso se move em perfeita sincronia quando você deseja!

Outro detalhe interessante: a proporção áurea é uma razão presente em vários aspectos da natureza, e vale aproximadamente 1,618033. Essa proporção também está presente na mão humana!

É ou não é um projeto tremendamente inteligente?

Michelson Borges é jornalista, membro da Sociedade Criacionista Brasileira (www.scb.org.br) e autor dos livros A História da Vida e Por Que Creio (www.cpb.com.br).

segunda-feira, maio 07, 2007

Barriga perfeita

Observe a imagem ao lado. Ela é uma perfeita aplicação do que se conhece em matemática como “curva catenária” (a palavra “catenária” vem do latim catena, que significa “cadeia”). As catenárias são curvas hiperbólicas que têm o nome técnico de cosseno-hiperbólico. A hipérbole é parecida com uma parábola, como nos arcos das pontes e nas portas das mesquitas.

A catenária foi determinada em 1691 pelos matemáticos Leibniz, Huygens e Bernoulli, que estudaram a curva formada por uma linha suspensa entre dois pontos (o que constituiu uma das primeiras aplicações do então nascente cálculo diferencial e integral).

Mas o que tudo isso tem que ver com a barriga da foto? Tudo. Catenária é a curva que apresenta a máxima resistência mecânica com o menor uso de material possível. Ou seja: seu uso é próprio para pontes, garrafas, unhas, crânio e até mesmo a barriga das mulheres grávidas. E tem mais: os formatos musculares e anatômicos dos animais em geral e do ser humano, os caules vegetais, as células, as organelas celulares, e muitas outras coisas na natureza obedecem ao formato de catenária.

Sem dúvida, o Criador desenvolveu o abdômen feminino com a necessária capacidade de agüentar o peso do bebê e do líquido amniótico, além das vísceras. É mais um tipo de projeto que não poderia ter se desenvolvido ao longo das eras, por tentativas e erros, pois do contrário a própria sobrevivência da raça humana estaria ameaçada.

O salmista expressa bem o fascínio humano diante das maravilhas da criação: “Graças Te dou, visto que por modo assombrosamente maravilhoso me formaste; as Tuas obras são admiráveis, e a minha alma o sabe muito bem” (Salmo 139:14).

A barriga perfeita das gestantes traz as digitais do Criador.

Michelson Borges é jornalista, membro da Sociedade Criacionista Brasileira (www.scb.org.br) e autor dos livros A História da Vida e Por Que Creio (www.cpb.com.br).

(Com colaboração de Daniel Souza Lima)

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