
Quando esses mamíferos agitam as asas totalmente abertas e as inclinam para baixo, produzem deslocamento de ar idêntico ao de um pequeno redemoinho, que acaba gerando um empuxo ascendente que faz com que o bicho fique no ar.
Os insetos também produzem esses redemoinhos permanentemente com suas asas. O que os pesquisadores não sabiam é se o mesmo mecanismo poderia ser utilizado por animais de maior peso, como os morcegos. Não só pode como é exatamente o que eles fazem.
Cientistas norte-americanos e suecos estudaram três morcegos Glossophaga, que medem 5 cm e voam da Argentina ao México. O estudo, publicado na revista Science, mediu o fluxo de ar em torno das asas desses animais em vôo, por meio de imagens digitais. Conclusão: o redemoinho formado sob o bordo de ataque das asas produz 40% da força ascendente, permitindo que os morcegos se mantenham no ar.
Essa capacidade presente em animais tão distintos seria evidência de evolução ou a marca de um Criador que sabe tudo de aerodinâmica?
Michelson Borges é jornalista, membro da Sociedade Criacionista Brasileira (www.scb.org.br) e autor dos livros A História da Vida e Por Que Creio (www.cpb.com.br).