sexta-feira, setembro 28, 2012

Cientistas querem criar nariz artificial

Pesquisadores do Massachusetts Institute of Technology (MIT) estão trabalhando duro para desenvolver um sensor que imita o funcionamento do nariz humano. Eles afirmam ter superado um dos maiores problemas nessa empreitada: a produção em massa de proteínas chamadas “receptores olfativos”. Em média, os humanos têm 100 milhões dessas proteínas. Na verdade, segundo reportagem da BBC, muitos pesquisadores no mundo todo estão trabalhando no desenvolvimento de “narizes eletrônicos”, que detectam as mesmas moléculas que formam os cheiros reconhecidos pelo olfato das pessoas. “Mas, enquanto muitas dessas experiências são baseadas em sensores construídos com materiais artificiais, a pesquisa do MIT trabalha com um sensor baseado na biologia do nariz humano”, explica a reportagem.

“A principal barreira para o estudo do olfato é que não tínhamos conseguido fabricar receptores em número suficiente e homogeneizar esses receptores”, diz Brian Cook, do MIT. Shuguang Zhang, diretor associado do Centro para Engenharia Biomédica do MIT, admite que “ninguém realmente entende como [o olfato] funciona. Ainda é um enigma”.

O nariz humano tem cerca de 300 tipos diferentes de receptores olfativos na membrana que cerca as células que revestem as passagens nasais. Cada receptor se liga a um tipo diferente de molécula. Segundo a BBC, as tentativas anteriores de fabricar receptores artificiais fracassaram, pois a estrutura é destruída quando esses receptores são retirados do ambiente específico. Ou seja, os receptores foram criados para funcionar especificamente no local em que estão. O que a equipe do MIT fez, então, foi desenvolver uma solução que protege os receptores durante o processo de produção.

O professor Krishna Persaud, da Universidade de Manchester, Grã-Bretanha, elogia a pesquisa do MIT, mas lembra que ainda existem obstáculos antes da criação de um sensor baseado no nariz humano: as proteínas fabricadas precisam ser colocadas de uma forma que possam funcionar do mesmo jeito que funcionam na membrana da célula. E, mais importante: é necessário desenvolver um método de coleta da informação dessas proteínas, transmissão e processamento dessa informação.

Mais uma vez, vemos cientistas bem inteligentes gastando tempo e dinheiro na tentativa de imitar um mecanismo complexo que eles ainda nem entendem direito. Como se desenvolveram esses receptores olfativos capazes de se ligar a tipos específicos de moléculas? E mais: De que adiantaria terem “surgido” receptores olfativos sem a existência de um método de coleta da informação das proteínas? De que adiantaria tudo isso, sem um meio de transmissão e processamento de toda essa informação?

Na próxima vez que você sentir o cheiro agradável de uma flor ou de um bom perfume, agradeça ao Criador por presenteá-lo com o complexo e maravilhoso sentido do olfato.

Michelson Borges

Cientistas criam folha “biônica” para fazer fotossíntese

Você já pensou na maravilha que é uma “simples” folha? Segundo matéria publicada no site Inovação Tecnológica, fazer fotossíntese artificial é o grande sonho dos cientistas que trabalham na área de energia. “Quando o homem conseguir replicar a ‘mágica’ das plantas, que transformam a luz do Sol em energia, estará resolvido todo o dilema energético e ambiental da nossa civilização”, diz o texto. Em busca desse alvo desejado, pesquisadores chineses criaram uma folha artificial usando uma folha de verdade como molde. “Dada a complexidade inerente a qualquer ser vivo, os cientistas vinham tentando compreender as moléculas envolvidas e reproduzir sinteticamente as reações químicas básicas que ocorrem no interior das folhas quando elas usam os fótons da luz solar para quebrar as moléculas de água e gerar íons de hidrogênio”, explica o site.

O Dr. Qixin Guo e seus colegas da Universidade Shanghai Jiao Tong substituíram alguns componentes da folha de uma anêmona (Anemone vitifolia), mas mantiveram estruturas-chave da planta, alcançando um rendimento na absorção de fótons e na geração de hidrogênio que não havia sido obtido até agora. Segundo a matéria, “em vez de criarem uma folha totalmente artificial, os cientistas optaram por criar uma folha semiartificial, mantendo estruturas da planta otimizadas pela natureza e de difícil reprodução”.

Embora os cientistas admitam a complexidade dos seres vivos, tentam convencer as pessoas de que houve uma “otimização” promovida pela natureza, como se a natureza fosse consciente e sábia o bastante para saber aonde queria chegar, já que teria desenvolvido nas folhas células superficiais parecidas com lentes (que capturam a luz vinda de qualquer direção), microcanais que dirigem os fótons até a parte mais profunda da folha e os tilacoides, estruturas com apenas dez nanômetros de espessura que aumentam a área superficial disponível para a fotossíntese. E são justamente essas partes da folha que os cientistas tiveram que preservar em sua folha “biônica”, a fim de que ela tivesse alguma eficiência.

Mesmo “apenas” imitando a folha original e aproveitando seus complexos sistemas de produção de energia, os cientistas tiveram que se valer de muito design inteligente (projeto). E o que dizer da folha originalmente criada por Deus? Seria ela fruto do acaso?

Michelson Borges 

LinkWithin

Related Posts with Thumbnails