terça-feira, dezembro 13, 2005

O espetáculo da luz

A luz, tão comum em nosso dia-a-dia, é um fenômeno que fascina os pesquisadores. Ainda hoje não é possível defini-la como onda ou partícula, pois ela se comporta das duas formas. Carl Sagan, em seu livro Bilhões e Bilhões, reconhecendo a singularidade da luz, escreveu que “esse dualismo onda-partícula nos lembra mais uma vez um fato humilhante fundamental: a natureza nem sempre se ajusta às nossas predisposições e preferências, ao que consideramos confortável e fácil de compreender” (pág. 47).

Nas palavras do jornalista Francisco Lemos, “luz é ... um tipo de energia especial que viaja pelo espaço como se estivesse empacotada em bolinhas muito pequenas, conhecidas como fótons. Essas partículas viajam enfileiradas, formando raios luminosos. ... As partículas que formam a luz são a coisa mais rápida do Universo. Elas viajam a 300 mil quilômetros por segundo. Isso é velocidade suficiente para dar oito voltas ao redor da Terra em um segundo” (Natureza Viva, pág. 268).

Ao analisar o fenômeno da visão, surgem algumas dúvidas: Por que nossos olhos captam apenas o espectro da luz visível? Por que não temos olhos capazes de visualizar os raios gama, por exemplo? A resposta, mais uma vez, tem que ver com planejamento inteligente. A maioria dos materiais absorve pouco a luz visível, razão pela qual vemos as coisas – a partir da luz refletida nelas. No entanto, o ar é geralmente transparente à luz visível. Assim, a luz atravessa a atmosfera e chega até nós, possibilitando-nos o fenômeno da visão. Os raios gama, por outro lado, são inteiramente absorvidos pela atmosfera antes de chegar ao chão. Olhos de raios gama, portanto, teriam emprego limitado numa atmosfera que torna tudo negro como breu no espectro de raios gama.

A multiplicidade das bênçãos recebidas do Sol da Justiça, como Deus é comparado na Bíblia, é bem ilustrada pelo espectro da radiação solar. Cerca de 70% da energia irradiada pelo Sol situa-se entre os comprimentos de onda de 0,3 a 1,5 microns, correspondente à banda da luz visível, acrescida do infravermelho e da luz ultravioleta. Essa é exatamente a faixa da radiação necessária à manutenção da vida. Notável “coincidência” que se constitui em mais uma evidência de planejamento na Criação.

Michelson Borges é jornalista, membro da Sociedade Criacionista Brasileira (www.scb.org.br) e autor dos livros A História da Vida e Por Que Creio (www.cpb.com.br).

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