Um dos grandes objetivos da indústria óptica é a criação de superfícies antirreflexo perfeitas. Isso possibilitaria fabricar telas, monitores e óculos que não refletem, independentemente da presença de luzes incidentes de qualquer ângulo. Sistemas antirreflexivos até já existem, mas nenhum deles se compara ao revestimento antirreflexo dos olhos multifacetados das mariposas, dos quais elas dependem para sobreviver.
Qual o segredo da tecnologia dos olhos desses pequenos insetos? Segundo informações do site Inovação Tecnológica, essa visão perfeita depende de minúsculas protuberâncias, menores do que o comprimento de onda da luz, que formam uma estrutura ordenada sobre a superfície dos olhos das mariposas. Essa nanoestrutura natural cria uma transição suave entre os índices de refração do ar e a córnea, resultando em um índice de reflexão da luz praticamente igual a zero.
Em óculos, telefones celulares, ou em painéis de carros, as superfícies transparentes somente são úteis se permitirem a visualização sem refletir a luz de volta. Inspirados no olho da mariposa, os pesquisadores estão desenvolvendo um revestimento nanoestruturado que será muito útil.
A funcionalidade perfeita observada na natureza continua servindo de modelo para as invenções humanas. Curiosamente, quando se observa o registro fóssil, pode-se notar que essa complexidade sempre esteve presente. Em que laboratório ela foi criada? Como depende de inteligência para ser projetada, quem fez isso? Os primeiros versos do livro bíblico de Gênesis têm a resposta mais coerente.
Michelson Borges