
Uma equipe internacional de cientistas desvendou a estrutura da clorofila nas antenas dessas bactérias. O clorossomo é uma verdadeira antena biológica e pode conter até 250 mil moléculas de clorofila. O que os pesquisadores estão tentando fazer é imitar as plantas, as algas e as bactérias para criar uma folha artificial que gere energia a partir de fotossíntese artificial.
Nas antenas das bactérias verdes, as moléculas de clorofila formam hélices por meio das quais a energia dos fótons (luz) migra para as proteínas na membrana celular, onde acontece a conversão química. E tem mais: as bactérias conseguem aumentar o tamanho das antenas para compensar a pouca luz em determinado ambiente. O esquema é tão eficiente que permite que a bactérias verdes aproveitem a luz do Sol no fundo do mar, a até 100 metros de profundidade.
Inspirados nessas maravilhas de complexidade, os cientistas querem desenvolver uma nova geração de dispositivos de conversão solar com uma composição mais simples e extremamente eficientes, mesmo em condições de baixa luminosidade.
Michelson Borges