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Segundo a otorrinolaringologista Patrícia Ciminelli, da Universidade Federal do Rio de Janeiro, a cera (ou cerume) é produzida por glândulas especiais, conhecidas como glândulas ceruminosas, existentes na região mais externa do canal auditivo (que tem de três a quatro centímetros de extensão). “Como a passagem até a região mais profunda do ouvido é muito estreita, escura e revestida por pele”, explica ela, “isso facilita a entrada de detritos nocivos que podem ser prejudiciais. Essa proteção proporcionada pela cera é de extrema importância.” A cera também serve para reter poeira e partículas de areia que poderiam danificar a membrana sensível chamada tímpano.
Resumindo: esse é outro “dispositivo de segurança” útil para o ser humano e que deveria funcionar adequadamente desde o início, a fim de permitir que nossa espécie continuasse a ouvir bem ao longo dos séculos.
Detalhe: Ciminelli alerta que o uso do cotonete para a limpeza do canal auditivo deve ser feito com muito cuidado, retirando-se apenas a cera da região externa do ouvido. Colocar o cotonete muito profundamente pode causar perfuração na região do tímpano.
Michelson Borges é jornalista, membro da Sociedade Criacionista Brasileira (www.scb.org.br) e autor dos livros A História da Vida e Por Que Creio (www.cpb.com.br).