sábado, janeiro 17, 2009

Um coquetel chamado colostro

Todo mundo já sabe que o leite materno traz muitos benefícios para o bebê, que vão desde a prevenção de infecções até o aumento da imunidade. Mas e o melzinho que sai antes do leite e é chamado de colostro, para que serve? O colostro é uma verdadeira “vacina natural”, mas foi desprezado durantes séculos porque ninguém sabia para que servia. Essa substância rica é produzida no fim da gravidez e durante três dias após o parto. Quanto antes o bebê começar a sugar, melhor: por algumas horas depois do parto o colostro contém quantidades imensas de anticorpos. No primeiro dia, ele é abundante em ácidos graxos, fatores de crescimento, vitaminas e zinco; aumenta as defesas imunológicas e tem propriedades antiinfecciosas, além de ser particularmente rico em vitamina A, que suplementa as baixas reservas do fígado do recém-nascido. Porém, essa potência tem vida curta: à medida que o leite substitui o colostro, as células protetoras passam de milhões para milhares.

Note bem: existe ajuste perfeito entre as carências do bebê e os benefícios do leite materno. Como e de que forma esse coquetel da saúde foi ajustado para satisfazer as necessidades do recém-nascido? O colostro uma vacina natural rica em vitamina A que é exatamente o que o bebê necessita por ter inicialmente baixas reservas dessa vitamina.

Se já é difícil, do ponto de vista darwinista, dar uma resposta para a origem da reprodução sexuada, imagine explicar o surgimento não planejado do fantástico colostro...

Michelson Borges é jornalista, membro da Sociedade Criacionista Brasileira (www.scb.org.br) e autor dos livros A História da Vida e Por Que Creio (www.cpb.com.br).

Nadadeiras de baleias e golfinhos inspiram turbina

Aerodinâmica é o estudo de como o ar se comporta em movimento e as forças que ele exerce sobre objetos sólidos. Hidrodinâmica é algo parecido, mas, como o nome mesmo diz, se relaciona a objetos em movimento na água. Os engenheiros estão sempre tentando melhorar a aerodinâmica de carros e aviões e a hidrodinâmica de navios. Cientistas norte-americanos descobriram um novo jeito de fazer isso: imitar as barbatanas, nadadeiras e caudas das baleias e dos golfinhos. E as observações deles possibilitaram desenvolver até mesmo um novo gerador eólico (movido pelo vento), mais eficiente e mais silencioso.

Os golfinhos são exímios nadadores porque são capazes de diminuir o arrasto (força de resistência ao avanço) e o consumo de energia necessária para nadar, isto é, o design deles é perfeito! E mais: enquanto os projetos de engenharia humana têm pouco mais de um século, os golfinhos e as baleias dão um show de hidrodinâmica há milênios.

Segundo o site Inovação tecnológica, as novas pás das gigantescas hélices que fazem girar as turbinas em um gerador eólico foram totalmente redesenhadas a partir da observação das nadadeiras das baleias corcundas. A pesquisa estuda os vórtices, formações em formato de funil que surgem na trilha das baleias e dos golfinhos. Os golfinhos formam esses vórtices durante os ciclos de levantar e abaixar da cauda, o que gera uma espécie de jato no rastro do golfinho que o impulsiona fortemente para frente. O animal consegue regular a geração desses vórtices variando a velocidade do movimento de sua cauda – aumentando as batidas da cauda ele gasta mais energia, mas ganha velocidade, enquanto diminuindo-as ele nada mais lentamente e economiza energia.

Como o golfinho nasce sabendo utilizar essa vantagem anatômica? Quem é o responsável por esse design perfeito? Levante os olhos da água para o céu e você terá a resposta.

Michelson Borges é jornalista, membro da Sociedade Criacionista Brasileira (www.scb.org.br) e autor dos livros A História da Vida e Por Que Creio (www.cpb.com.br).

Flor de lótus inspira material que não molha

Deus usou nanotecnologia na natureza muitos milênios antes de o homem descobrir que ela existia. Pesquisadores da Universidade de Zurique se inspiraram na capacidade autolimpante da flor de lótus para desenvolver um material que nunca fica molhado: é um tecido feito de fibras de poliéster recobertas por milhões de minúsculos filamentos de silicone.

As gotas de água se mantêm como bolinhas quando repousam sobre o material e rolam quando o tecido é inclinado em apenas dois graus. Um jato de água simplesmente “reflete” no tecido sem deixar rastro. O segredo está nos nanofilamentos de silicone com 40 nanômetros de largura (um nanômetro é a milionésima parte de um metro). Os filamentos são arranjados em uma estrutura cheia de pontas que evitam que as gotas de água cheguem até as fibras de poliéster abaixo.

Segundo o pesquisador Stefan Seeger, “a água descansa sobre os nanofilamentos como um faquir senta em uma cama de pregos”. O projeto foi inspirado na resistência à água das folhas de lótus.

Michelson Borges é jornalista, membro da Sociedade Criacionista Brasileira (www.scb.org.br) e autor dos livros A História da Vida e Por Que Creio (www.cpb.com.br).

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