segunda-feira, junho 23, 2008

Sobre morcegos e insetos

Você já reparou como certas capacidades e funções estão presentes em animais bastante distintos e que não tem, numa linguagem darwinista, “parentesco evolutivo”? Como explicar a evolução distinta de funções tão complexas? Um “milagre” duplo? Exemplo disso são os morcegos que recorrem às mesmas técnicas aerodinâmicas dos insetos para se manter no ar durante vôos lentos ou estacionários.

Quando esses mamíferos agitam as asas totalmente abertas e as inclinam para baixo, produzem deslocamento de ar idêntico ao de um pequeno redemoinho, que acaba gerando um empuxo ascendente que faz com que o bicho fique no ar.

Os insetos também produzem esses redemoinhos permanentemente com suas asas. O que os pesquisadores não sabiam é se o mesmo mecanismo poderia ser utilizado por animais de maior peso, como os morcegos. Não só pode como é exatamente o que eles fazem.

Cientistas norte-americanos e suecos estudaram três morcegos Glossophaga, que medem 5 cm e voam da Argentina ao México. O estudo, publicado na revista Science, mediu o fluxo de ar em torno das asas desses animais em vôo, por meio de imagens digitais. Conclusão: o redemoinho formado sob o bordo de ataque das asas produz 40% da força ascendente, permitindo que os morcegos se mantenham no ar.

Essa capacidade presente em animais tão distintos seria evidência de evolução ou a marca de um Criador que sabe tudo de aerodinâmica?

Michelson Borges é jornalista, membro da Sociedade Criacionista Brasileira (www.scb.org.br) e autor dos livros A História da Vida e Por Que Creio (www.cpb.com.br).

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