sexta-feira, janeiro 25, 2008

Arquitetura divina

No livro Meditações Diárias de 2006, Sobre a Rocha, da Casa Publicadora Brasileira, o pastor e escritor Mark Finley conta que, em 1850, o arquiteto Joseph Patton apresentou seu projeto para o edifício que sediaria a Grande Exposição de Londres de 1851. “Paxton concebeu uma edificação de dimensões gigantescas que não teria nada de muito pesado ou desajeitado”, diz o escritor. “Ele imaginou uma estrutura que produzisse um efeito de leveza ou mesmo de ausência de peso.”

O problema era que não havia como construir um edifício assim, naquele tempo. Grandes estruturas exigiam paredes imensas para sustentá-las. Parecia não haver condições de criar o edifício gracioso e airoso que Paxton tinha em mente. E o prédio não sairia do projeto.

Segundo Finley, Paxton se lembrou de certa planta com a qual ele trabalhara quando fora jardineiro, o lírio-d’água-real. “As folhas suspensas desse lírio são enormes, com cerca de dois metros de diâmetro, e muito finas”, descreve o escritor. “A despeito disso, elas são bastante estáveis. Elas conseguem essa estabilidade mediante um complicado suporte na lateral inferior. Filetes saem do centro da folha para fora, e dividem-se em muitas ramificações.”

O lírio-d’água-real foi a resposta para o dilema do arquiteto. Imitando um projeto do Arquiteto dos arquitetos, Paxton pôde realizar seu sonho: a construção do Palácio de Cristal, que até hoje é considerado um marco na história da arquitetura.

Michelson Borges é jornalista, membro da Sociedade Criacionista Brasileira (www.scb.org.br) e autor dos livros A História da Vida e Por Que Creio (www.cpb.com.br).

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