segunda-feira, abril 16, 2007

Espermatozóides de laboratório

Segundo reportagem publicada no portal Terra, cientistas da Alemanha anunciaram ter conseguido produzir espermatozóides não maduros a partir de amostras de medula óssea humana. Os pesquisadores das universidades de Göttingen e de Münster, e da Escola de Medicina de Hannover, isolaram células-tronco tiradas de voluntários adultos.

Os cientistas dizem que, se conseguirem fazer com que os espermatozóides se desenvolvam e atinjam a maturidade, a descoberta pode ajudar no tratamento de pessoas que não podem ter filhos. Mas outros especialistas em fertilidade alertam que os dados do estudo precisam ser analisados com cuidado nesse estágio inicial.

Normalmente, as células-tronco originárias da medula óssea se transformam em diferentes tipos de células no tecido muscular. Mas os pesquisadores induziram um pequeno número delas a se desenvolverem como espermatogônios, que são células presentes nos testículos e que vão formar os espermatozóides. É a primeira vez que se produz artificialmente espermatogônios humanos dessa maneira.

Mas o professor Harry Moore, do Centro de Biologia em Células-Tronco da Universidade de Sheffield, na Grã-Bretanha, alerta que a manipulação das células-tronco para que se transformem em espermatozóides maduros pode provocar mudanças genéticas permanentes, o que afetaria a “segurança” dessas células.

É interessante notar que os cientistas, utilizando o que há de mais moderno em tecnologia, vêm gastando décadas em pesquisa e rios de dinheiro para conseguir criar espermatozóides em laboratório (olha o design inteligente aí!) e ainda não chegaram lá, mesmo partindo de algo já criado, como as células-tronco. Mesmo assim, há entre eles os que querem que acreditemos que o acaso cego deu origem ao óvulo e ao espermatozóide em organismos que se diferenciaram a partir de um ancestral comum; querem que aceitemos que seres assexuados originaram os sexos e que estes, com todas as suas peculiaridades, acabaram sendo perfeitamente compatíveis e capazes de originar outro ser vivo; propõem que aceitemos todo o complexo processo de reprodução, a maravilhosa química sexual e a diferenciação celular a partir da fecundação do óvulo pelo espermatozóide – tudo isso como resultado de mutações e da seleção natural. Sinceramente, não tenho fé suficiente para crer nisso.

Michelson Borges é jornalista, membro da Sociedade Criacionista Brasileira (www.scb.org.br) e autor dos livros A História da Vida e Por Que Creio (www.cpb.com.br).

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