quinta-feira, novembro 08, 2007

Alimento perfeito

Enquanto observava minha filhinha Giovanna sendo amamentada, fiquei pensando no maravilhoso e perfeito alimento a que chamamos leite materno. Esse líquido supercomplexo é uma dádiva do Criador ao bebê. Protege contra as infecções (contém agentes antibacterianos e antivirais), acalma, ajuda o bebê a ter um sono mais tranqüilo, regulariza a digestão, torna-o forte, saudável e resistente. É um dos alimentos mais complexos que existem na natureza. Tem 300 componentes já identificados, que criam um mecanismo de defesa no organismo contra as infecções e reduz o risco de diarréia. É um alimento perfeito.

O leite materno também ajuda no desenvolvimento da inteligência. Um grupo de cientistas da Nova Zelândia acompanhou várias crianças até os 18 anos de idade e descobriu que, quanto maior o tempo de amamentação, maior o nível de inteligência do adolescente. Qual a razão disso? Descobriu-se que o leite materno tem dois ácidos naturais que ajudam no crescimento e amadurecimento das células do cérebro, facilitando e estimulando a ligação mais rápida dos neurônios. Isso sem mencionar a proximidade e o afeto trocados pela mãe e a criança, e que são também fundamentais para o desenvolvimento do bebê. A amamentação é tão importante para o amadurecimento da criança que o Unicef recomenda que o bebê seja amamentado até um ano de idade.

Há outros dois detalhes interessantes. A oxitocina é o hormônio responsável pelo reflexo de descida e ejeção do leite durante a amamentação. Ela é liberada em pequenos jatos em resposta à sucção. Além disso, ao nascer, o bebê tem o queixo pouco desenvolvido (retrognatismo fisiológico), exatamente para facilitar o encaixe da boca no seio da mãe. Isso evidencia um sistema interdependentemente projetado, incapaz de ter surgido ao longo das eras por mutações casuais.

Quem projetou o leite materno para atender a todas as necessidades humanas em seus primeiros e fundamentais anos de vida? Quem regulou todos os nutrientes na proporção adequada ao desenvolvimento do bebê? Quem programou no cérebro do recém-nascido o instinto de sucção, sem o qual ele não conseguiria se alimentar? O salmista Davi responde de forma poética: “Tu criaste cada parte do meu corpo; Tu me formaste na barriga da minha mãe. [...] Tu me viste antes de eu ter nascido” (Salmo 139:13 e 16). O Deus Eterno é o criador do alimento perfeito.

Michelson Borges é jornalista, membro da Sociedade Criacionista Brasileira (www.scb.org.br) e autor dos livros A História da Vida e Por Que Creio (www.cpb.com.br).

terça-feira, outubro 02, 2007

Motores do corpo

Se os ossos são as vigas e colunas da máquina humana, os músculos são os “motores” que põem em movimento essa estrutura. Formados por feixes de fibras finas e alongadas, os músculos trabalham em sintonia fina com o sistema nervoso. Mas nem todos os músculos são iguais.

Andar, comer, digitar, correr, chutar – tudo isso é um trabalho conjunto do esqueleto com os músculos, ou do que é chamado de musculatura esquelética. Mas há outros tipos de movimentos nos quais nem pensamos mas que estão ocorrendo neste exato momento em que você lê estas palavras (aliás, seus olhos também se movem graças a pequenos músculos muito precisos). A respiração, o pulsar do coração e os movimentos que promovem a digestão também são comandados por músculos especializados – e automáticos! Eles constituem a chamada musculatura lisa, e independem da nossa vontade para se movimentar. Ou você está ordenando que seu coração bata ou que o estômago trabalhe?

Não é maravilhoso pensar em todo esse sistema finamente planejado, sem o qual não sobreviveríamos e nem iríamos a lugar algum?

Mais duas curiosidades sobre os músculos:

• A massa muscular começa a diminuir aos 25 anos. A partir dos 45 anos, a perda média é de 1% ao ano para quem não faz exercícios com regularidade. Por isso, nunca é demais lembrar: os músculos foram feitos para serem usados.

• Pela relação entre peso e força, o miométrio é o músculo mais forte do corpo. A cada contração durante o parto, a musculatura uterina faz um esforço suficiente para levantar 41 quilos.

Michelson Borges é jornalista, membro da Sociedade Criacionista Brasileira (www.scb.org.br) e autor dos livros A História da Vida e Por Que Creio (www.cpb.com.br).

quinta-feira, setembro 20, 2007

Pronto para nascer

Um dos momentos mais maravilhosos da vida é quando um bebê vem à luz. A hora do parto exige muitos cuidados médicos, mas impressiona o fato de tanto o bebê quanto a mãe serem dotados de “dispositivos” que auxiliam e muito o trabalho dos parteiros. Uma dessas facilidades tem a ver com o tipo de esqueleto que o bebê tem em tenra idade.

Cerca de 97% dos bebês nascem saindo primeiro a cabeça. O esqueleto do feto é suave e flexível, o que o ajuda a passar pelo canal vaginal. Se o esqueleto da criança fosse inteiramente de osso, seria bem mais difícil nascer. Mas se não é de osso, do que é então? Resposta: de cartilagem.

A cartilagem é um tecido elástico, flexível e extremamente resistente, aderente às superfícies articulares dos ossos – as partes do esqueleto que dobram. Ela também é encontrada em outros lugares como na orelha e na ponta do nariz. O tecido cartilaginoso serve para dar forma e sustentação a algumas partes do corpo, mas com menor rigidez do que os ossos. Além disso, serve também para que os ossos não atritem – arranhem – ao se movimentar uns sobre os outros.

A cartilagem que forma o esqueleto inicial do feto tem um nome diferente: hialina. É a partir dela que os ossos se desenvolverão, num processo chamado ossificação endocondral. Durante o desenvolvimento ósseo, a cartilagem hialina funciona como uma placa de crescimento que continua funcional enquanto o osso estiver crescendo em comprimento. No adulto, a cartilagem hialina está presente na superfície das articulações, na traquéia, nos brônquios, na laringe, no nariz e nas extremidades das costelas (cartilagens costais).

Interessante também é que se houver uma fratura na cartilagem, células especiais “invadem” a área lesada e dão origem a tecido cartilaginoso que repara a fratura. Tudo automático!

Enquanto a maior parte do osso endurece gradualmente, conforme crescemos, as extremidades dos ossos permanecem como cartilagem durante toda a vida e formam uma espécie de almofada elástica nas juntas.

Só mais um detalhe importante: em um bebê os ossos da cabeça ainda estão sendo formados e não estão grudados, de forma que todo o crânio é ligeiramente flexível. Isso também permite que a cabeça da criança emerja facilmente na hora do nascimento.

Esses mecanismos todos tinham que funcionar perfeitamente desde o início, ou do contrário mãe e bebê não viveriam para contar a história.

“Graças de dou, visto que por modo assombrosamente maravilhoso me formaste; as Tuas obras são admiráveis, e a minha alma o sabe muito bem” (Salmo 139:14).

Michelson Borges é jornalista, membro da Sociedade Criacionista Brasileira (www.scb.org.br) e autor dos livros A História da Vida e Por Que Creio (www.cpb.com.br).

quarta-feira, agosto 08, 2007

O vôo do beija-flor

Suas asas batem 80 vezes por segundo e ele voa tão rápido que às vezes mal dá para acompanhá-lo com os olhos. As penas da cauda direcionam o vôo em três direções. Quando ele pára (sim, ele consegue parar no ar!) diante de uma flor para sugar o néctar com sua língua comprida e fina, dá para contemplar melhor as penas cintilantes. Estou falando do beija-flor, claro.

Embora essa pequena maravilha da micro-engenharia seja minúscula e aparentemente frágil, você sabia que essa ave encantadora é uma das mais resistentes criaturas do reino animal? “Eles vivem no limite do que é possível aos vertebrados, e com maestria”, diz Karl Schuchmann, ornitólogo do Instituto Zoológico Alexander Koenig e do Fundo Brehm, na Alemanha. Já se ouviu falar de um beija-flor que viveu 17 anos em cativeiro. “Imagine a resistência de um organismo de 5 ou 6 gramas para viver tanto tempo!”, diz Schuchmann.

O coração de um beija-flor bate cerca de 500 vezes por minuto (em repouso!). Fazendo as contas, o minúsculo coração daquele beija-flor cativo teria batido meio bilhão de vezes. Quase o dobro do total de uma pessoa de 70 anos!

Doug Altshuler, da Universidade da Califórnia, estuda o vôo dos beija-flores e concluiu que, neles, os impulsos elétricos que movimentam os músculos das asas lembram mais os dos insetos que os das aves. Talvez por isso o beija-flor produza tanta energia por batida de asas, o que faz com ele tenha que sugar néctar a cada poucos minutos.

Esbanjando beleza e engenharia, os beija-flores são um milagre da criação.

Michelson Borges é jornalista, membro da Sociedade Criacionista Brasileira (www.scb.org.br) e autor dos livros A História da Vida e Por Que Creio (www.cpb.com.br).

terça-feira, julho 31, 2007

Imitando a natureza

Não é de hoje que os seres humanos imitam os projetos da natureza. As idéias que tiraram dela ajudaram os pesquisadores a desenvolver tecnologias que vão do velcro ao avião, passando pelos sonares e robôs. Desta vez, a inspiração veio dos mexilhões e da lagartixa – sim, aquele reptilzinho simpático que ajuda a eliminar insetos indesejáveis.

Cientistas norte-americanos projetaram uma cola resistente à água e capaz de ser reutilizada mais de mil vezes. Com isso, eles praticamente reproduziram as propriedades adesivas das lagartixas e dos mexilhões. O segredo está numa substância elaborada com diversos polímeros com propriedades parecidas com as dos microscópicos pêlos que permitem às lagartixas aderir às paredes. Só que a capacidade adesiva das lagartixas é reduzida quando entram na água.

É aí que entra o mexilhão. Os pesquisadores recobriram a primeira substância com outra camada de polímeros sintéticos que imitam as proteínas adesivas dos mexilhões. Assim, a cola resultante passou a funcionar também em ambientes úmidos.

A descoberta pode ter aplicações médicas e industriais, e nos faz pensar, mais uma vez, que se o ser humano precisa de inteligência para projetar tecnologia, de onde veio a tecnologia que inspira o ser humano?

Michelson Borges é jornalista, membro da Sociedade Criacionista Brasileira (www.scb.org.br) e autor dos livros A História da Vida e Por Que Creio (www.cpb.com.br).

quinta-feira, julho 05, 2007

Vigas vivas

Você já viu uma casa sendo construída? Antes de serem colocados os tijolos e levantadas as paredes, é necessário preparar as colunas e as vigas que vão sustentar o peso da obra. Os ossos são como as vigas e colunas de uma casa. Eles sustentam o peso do corpo e dão sustentação aos músculos e à pele. Mas fazem mais que isso. Eles são formados por células vivas que se organizam em três camadas: a externa é dura e lisa; a intermediária se parece com uma esponja e é formada por um tecido quase tão resistente quanto o da camada externa; e a interna, chamada medula, que é responsável pela produção dos glóbulos vermelhos do sangue.

O ser humano nasce com 275 ossos, mas ao chegar à idade adulta têm apenas 206. Como assim? É que muitos ossos se fundem ou desaparecem no processo de crescimento.

Como toda estrutura viva do organismo humano, infelizmente os ossos também têm prazo de validade (pelo menos por enquanto...). Com o tempo, aquela camada intermediária esponjosa começa a perder substância, tornando-se mais frágil. O médico norte-americano Michael Roizen diz que é possível deter o processo de enfraquecimento, desde que os ossos recebam doses extras das substâncias que lhes dão dureza: o cálcio e a vitamina D. Em segundo lugar, é necessário fazer exercícios físicos – e não é preciso esperar a velhice para começar. O atrito dos músculos estimula a produção de novas células ósseas.

Algumas curiosidades: (1) Os ossos representam apenas três quilos no peso de um homem de 70 quilos (portanto, são “vigas” bem leves, considerando-se o esforço a que são submetidas); (2) papiros de 4 mil anos mostram que os egípcios já usavam gesso para imobilizar membros com ossos quebrados; (3) até a década passada, as próteses que substituem ossos das articulações duravam apenas quatro anos. Hoje, a durabilidade dobrou graças ao uso de novos materiais e tecnologias.

O que você diria para alguém que quisesse convencê-lo de que o projeto estrutural de uma casa não é resultado de um plano inteligentemente calculado? A resposta é obvia, não é mesmo? Mas há quem pense que a estrutura óssea dos seres vivos – que são “vigas” vivas – pode ser fruto de uma evolução não dirigida.

Michelson Borges é jornalista, membro da Sociedade Criacionista Brasileira (www.scb.org.br) e autor dos livros A História da Vida e Por Que Creio (www.cpb.com.br).

segunda-feira, julho 02, 2007

O mecanismo da fome

Quando seu estômago começa a roncar e vem aquela sensação desagradável de vazio, tudo o que você pensa é em comida para saciar a fome. É de duvidar que, nessas horas, alguém pare para pensar no complexo mecanismo que nos faz sentir vontade de comer.

Segundo o Dr. Dráuzio Varella, esse mecanismo é controlado por um sistema complexo de comunicação entre diversas proteínas liberadas pelo aparelho digestivo e envolve mais de 250 genes. “Visando a manter o equilíbrio energético do organismo, cada um desses genes produz uma determinada proteína”, diz ele. “Sua regulação é tão precisa que se a pessoa ingerir 120 kcal a mais do que suas necessidades energéticas por dia (o que equivale a um copo de refrigerante), no final de 10 anos terá engordado 50k.”

O “culpado” pela sensação necessária da fome é o hormônio chamado grelina, que atua no cérebro e faz com que essa sensação desagradável vá diminuindo à medida que vamos comendo. Quando o alimento passa do estômago para os intestinos, isso provoca a liberação de outro hormônio, o PYY, que também age no cérebro, ativando o centro de saciedade. O equilíbrio entre a grelina e o PYY, indica quando se deve começar ou terminar uma refeição.

De onde teria vindo essa “regulação precisa”, esse equilíbrio hormonal tão necessário à manutenção da vida? É mais um tipo de mecanismo que tinha que funcionar bem desde o princípio, ou, do contrário, os primeiros seres humanos poderiam morrer de fome ou de obesidade mórbida.

Michelson Borges é jornalista, membro da Sociedade Criacionista Brasileira (www.scb.org.br) e autor dos livros A História da Vida e Por Que Creio (www.cpb.com.br).

quinta-feira, maio 31, 2007

Nosso maior órgão

Você tem idéia de qual seja o maior órgão do corpo humano? Fígado? Não. Cérebro? Também não. Quem sabe o estômago? Errado de novo. É a pele. Isso mesmo – nos adultos, ela tem uma área de até dois metros quadrados. A pele é como uma espécie de “cartão de visita”: nenhum outro órgão do corpo deixa mais evidentes as marcas da passagem do tempo. Não é à toa que a indústria dos cosméticos investe tanto para tentar conter os efeitos danosos da idade sobre a pele.

Mas a pele é muito mais do que nossa fachada. Segundo matéria publicada na revista Veja de 22 de outubro de 2006, a pele “é um sistema orgânico que regula a temperatura do corpo, registra os estímulos agradáveis e a dor, impede a entrada de substâncias nocivas no organismo e o protege dos efeitos indesejáveis de certos tipos de radiação solar. Aparentemente inerte, ao contrário dos órgãos do corpo que pulsam, bombeiam e produzem sucos, a pele, quando exposta ao microscópio, revela um mundo surpreendente de movimentos e reações”.

Já pensou no fantástico mecanismo do tato? Quando você toca algo, imediatamente a pele dos seus dedos identifica a temperatura e a textura do objeto. E tudo graças aos corpúsculos de Pacini, Meissner e Krause, bem como outros receptores, que são as estruturas responsáveis pelo sentido do tato.

Existem aproximadamente dois mil corpúsculos de Pacini espalhados pelo corpo. E só num dedo há cerca de 75. É nanotecnologia de primeira!

Uma empresa que faz polimento de metais constatou que, no acabamento final, é preciso contar com uma mãozinha do homem (com o perdão do trocadilho). Isso porque somente a sensibilidade da palma da mão de uma pessoa treinada é capaz de detectar imperfeições sutis na superfície do metal.

“Não me vazaste como leite, e não me coalhaste como queijo? De pele e carne me vestiste, e de ossos e nervos me teceste” (Jó 10:10 e 11).

Michelson Borges é jornalista, membro da Sociedade Criacionista Brasileira (www.scb.org.br) e autor dos livros A História da Vida e Por Que Creio (www.cpb.com.br).

segunda-feira, maio 21, 2007

O pescoço da girafa

Ontem, minha esposa e eu levamos nossas duas filhas ao Zoológico de São Paulo. É impossível não ficar maravilhado com a diversidade de seres vivos e com a criatividade estética de Deus, ao ver tantos animais bonitos e diferentes. Desta vez, o que mais me chamou a atenção foram as girafas. Por dois motivos: primeiro, pela “simpatia” delas, que chegaram bem perto e posaram para as câmeras fotográficas; segundo, porque eu nunca as tinha visto de tão perto e ao contemplá-las, pude lembrar de algumas coisas que havia lido sobre esse animal fascinante.

Interessante é que já foi provado cientificamente que não existe musculatura do pescoço que seja capaz de suportar o tamanho do pescoço das girafas e que se elas abaixassem a cabeça teriam um aneurisma cerebral. Mas elas bebem água, se deitam... e o pescoço delas desafia a lei da gravidade todos os dias! Ou seja, girafas não deviam existir! Mas eu as vi com meus olhos.

A girafa é atualmente o mais alto animal do mundo, chegando a medir quase seis metros, o que faz dela também o maior ruminante terrestre, chegando a pesar mais de mil quilos. Mas o que sempre chama atenção mesmo é o pescoço delas, tanto por fora como por dentro.

Apesar de ter cerca de três a quatro metros, o pescoço da girafa se sustenta em apenas sete vértebras cervicais, típicas na maioria dos mamíferos. Parece incrível, mas a girafa tem o mesmo número de vértebras do pescoço de um rato! A única diferença é que na girafa eles são mais longos e bem maiores.

Grande também é o coração da girafa: pode pesar até 11 quilos e medir 60 centímetros de comprimento e oito centímetros de espessura nas paredes. É um dos maiores corações do mundo! E isso porque o sangue da girafa precisa ser bombeado com muita força para chegar à cabeça do animal. Mas isso ainda não é o mais incrível. Lembre-se que eu disse que ao abaixar a cabeça, a girafa poderia ter um aneurisma. Poderia.

Para que o sangue chegue até o cérebro da girafa, o aparelho circulatório dela dispõe no pescoço de muitos vasos sanguíneos com alças (divertículos) que controlam o fluxo sangüíneo para cima e para baixo – são como válvulas que ajudam o sangue a subir até o cérebro e a descer, compensando o rápido aumento de pressão quando a cabeça está abaixada.

O valor médio da razão pressão sistólica/pressão diastólica, nas girafas, é de 260/160. Esse valor, comparado com o valor médio de uma pessoa – 120/80 – classificaria a pescoçuda como hipertensa. No entanto, essa hipertensão é uma condição necessária para suprir o cérebro do animal com sangue quando o pescoço está levantado.

Naquele passeio ao zoológico, concluí mais uma vez que esse sistema circulatório superavançado teria que funcionar bem desde o primeiro momento. Do contrário, não haveria girafas para serem admiradas e fotografadas hoje em dia.

Michelson Borges é jornalista, membro da Sociedade Criacionista Brasileira (www.scb.org.br) e autor dos livros A História da Vida e Por Que Creio (www.cpb.com.br).

domingo, maio 13, 2007

Máquinas maravilhosas

Quem não fica maravilhado ao visitar uma montadora de automóveis e ver aqueles grandes braços robóticos trabalhando nos veículos? Robótica é um ramo da tecnologia que engloba mecânica, elétrica, eletrônica e computação. Cada vez mais o ser humano se utiliza de robôs para realizar diversas tarefas.

Quando Deus criou o ser humano, dotou-o de mecanismos semelhantes aos braços robotizados das indústrias, mas que deixam aquelas máquinas em grande desvantagem em termos de sofisticação. Tanto que certa vez o poeta americano Walt Whitman escreveu: “E a menor articulação da minha mão envergonharia a mais perfeita máquina.”

Observe sua mão. Mexa seus dedos. Gire o pulso e flexione o braço. Esses movimentos envolvem tecnologia de ponta! Primeiro surge um pensamento em seu cérebro: a idéia de mover alguma parte do corpo. Depois a ordem é enviada pelos nervos em forma de impulsos elétricos que viajam a velocidade de muitos metros por segundo. Quase que instantaneamente o membro se move da maneira que você pensou.

Já que falamos em mão, note bem: ela tem 27 ossos principais, sendo oito do carpo; cinco do metacarpo e 14 falanges, mais um número variável de pequenos ossos sesamóides. Os movimentos da mão humana são realizados por dois conjuntos de músculos: os intrínsecos, ou seja, que estão na própria mão; e os extrínsecos, que estão localizados no antebraço. Tudo isso se move em perfeita sincronia quando você deseja!

Outro detalhe interessante: a proporção áurea é uma razão presente em vários aspectos da natureza, e vale aproximadamente 1,618033. Essa proporção também está presente na mão humana!

É ou não é um projeto tremendamente inteligente?

Michelson Borges é jornalista, membro da Sociedade Criacionista Brasileira (www.scb.org.br) e autor dos livros A História da Vida e Por Que Creio (www.cpb.com.br).

segunda-feira, maio 07, 2007

Barriga perfeita

Observe a imagem ao lado. Ela é uma perfeita aplicação do que se conhece em matemática como “curva catenária” (a palavra “catenária” vem do latim catena, que significa “cadeia”). As catenárias são curvas hiperbólicas que têm o nome técnico de cosseno-hiperbólico. A hipérbole é parecida com uma parábola, como nos arcos das pontes e nas portas das mesquitas.

A catenária foi determinada em 1691 pelos matemáticos Leibniz, Huygens e Bernoulli, que estudaram a curva formada por uma linha suspensa entre dois pontos (o que constituiu uma das primeiras aplicações do então nascente cálculo diferencial e integral).

Mas o que tudo isso tem que ver com a barriga da foto? Tudo. Catenária é a curva que apresenta a máxima resistência mecânica com o menor uso de material possível. Ou seja: seu uso é próprio para pontes, garrafas, unhas, crânio e até mesmo a barriga das mulheres grávidas. E tem mais: os formatos musculares e anatômicos dos animais em geral e do ser humano, os caules vegetais, as células, as organelas celulares, e muitas outras coisas na natureza obedecem ao formato de catenária.

Sem dúvida, o Criador desenvolveu o abdômen feminino com a necessária capacidade de agüentar o peso do bebê e do líquido amniótico, além das vísceras. É mais um tipo de projeto que não poderia ter se desenvolvido ao longo das eras, por tentativas e erros, pois do contrário a própria sobrevivência da raça humana estaria ameaçada.

O salmista expressa bem o fascínio humano diante das maravilhas da criação: “Graças Te dou, visto que por modo assombrosamente maravilhoso me formaste; as Tuas obras são admiráveis, e a minha alma o sabe muito bem” (Salmo 139:14).

A barriga perfeita das gestantes traz as digitais do Criador.

Michelson Borges é jornalista, membro da Sociedade Criacionista Brasileira (www.scb.org.br) e autor dos livros A História da Vida e Por Que Creio (www.cpb.com.br).

(Com colaboração de Daniel Souza Lima)

segunda-feira, abril 16, 2007

Espermatozóides de laboratório

Segundo reportagem publicada no portal Terra, cientistas da Alemanha anunciaram ter conseguido produzir espermatozóides não maduros a partir de amostras de medula óssea humana. Os pesquisadores das universidades de Göttingen e de Münster, e da Escola de Medicina de Hannover, isolaram células-tronco tiradas de voluntários adultos.

Os cientistas dizem que, se conseguirem fazer com que os espermatozóides se desenvolvam e atinjam a maturidade, a descoberta pode ajudar no tratamento de pessoas que não podem ter filhos. Mas outros especialistas em fertilidade alertam que os dados do estudo precisam ser analisados com cuidado nesse estágio inicial.

Normalmente, as células-tronco originárias da medula óssea se transformam em diferentes tipos de células no tecido muscular. Mas os pesquisadores induziram um pequeno número delas a se desenvolverem como espermatogônios, que são células presentes nos testículos e que vão formar os espermatozóides. É a primeira vez que se produz artificialmente espermatogônios humanos dessa maneira.

Mas o professor Harry Moore, do Centro de Biologia em Células-Tronco da Universidade de Sheffield, na Grã-Bretanha, alerta que a manipulação das células-tronco para que se transformem em espermatozóides maduros pode provocar mudanças genéticas permanentes, o que afetaria a “segurança” dessas células.

É interessante notar que os cientistas, utilizando o que há de mais moderno em tecnologia, vêm gastando décadas em pesquisa e rios de dinheiro para conseguir criar espermatozóides em laboratório (olha o design inteligente aí!) e ainda não chegaram lá, mesmo partindo de algo já criado, como as células-tronco. Mesmo assim, há entre eles os que querem que acreditemos que o acaso cego deu origem ao óvulo e ao espermatozóide em organismos que se diferenciaram a partir de um ancestral comum; querem que aceitemos que seres assexuados originaram os sexos e que estes, com todas as suas peculiaridades, acabaram sendo perfeitamente compatíveis e capazes de originar outro ser vivo; propõem que aceitemos todo o complexo processo de reprodução, a maravilhosa química sexual e a diferenciação celular a partir da fecundação do óvulo pelo espermatozóide – tudo isso como resultado de mutações e da seleção natural. Sinceramente, não tenho fé suficiente para crer nisso.

Michelson Borges é jornalista, membro da Sociedade Criacionista Brasileira (www.scb.org.br) e autor dos livros A História da Vida e Por Que Creio (www.cpb.com.br).

quinta-feira, março 01, 2007

Um universo na cabeça

É difícil quem não fique fascinado ao olhar para as estrelas, numa noite escura. São tantos pontinhos cintilantes que nossa mente se perde tentando imaginar quantos são. Apenas em nossa galáxia – a Via Láctea – são cerca de 100 bilhões de estrelas. Mas há outro “universo” tão fascinante quanto o das estrelas e galáxias: é o cérebro humano. Dentro dele há mais neurônios do que estrelas na Via Láctea. Essas células se comunicam umas com as outras por meio de pulsos eletroquímicos. E é isso que produz os pensamentos, os sentimentos, as emoções, os sonhos e os movimentos. Sem a atuação dos neurônios, não teríamos como expressar o que vai dentro de nós e nem perceber o mundo exterior – os cheiros, os sabores, a luz das estrelas.

Como as demais células do corpo, os neurônios se alimentam, respiram, têm os mesmos genes, os mesmos mecanismos bioquímicos e as mesmas organelas. Então, onde está a diferença? Num aspecto importante: os neurônios processam informação, avaliam impulsos e estímulos e coordenam atividades apropriadas.

Dois tipos de fenômenos estão envolvidos no processamento do impulso nervoso: o elétrico e o químico. Eventos elétricos propagam um sinal dentro do neurônio; e processos químicos transmitem o sinal de um neurônio a outro ou a uma célula muscular. Um neurônio não está ligado diretamente a outro. Os sinais passam de uma célula para outra por meio de uma “ponte” chamada sinapse. Uma parte do neurônio – o axônio – libera substâncias químicas chamadas neurotransmissores que se unem aos receptores químicos na membrana do neurônio seguinte, por meio do dendrito. Ou seja: o axônio de um neurônio transmite informação ao dendrito de outro neurônio. É uma verdadeira “rede de informações”.

Os neurônios também podem ser bem grandes. Em alguns casos, como ocorre com os neurônios que ligam áreas da medula espinhal à área motora do cérebro, podem ter até cerca de um metro de comprimento!

Se alguém lhe dissesse que um chip de computador surgiu espontaneamente em algum momento no passado e foi se desenvolvendo por si só até chegar aos modernos processadores de informação (que nem chegam perto da complexidade do cérebro humano), você acreditaria? Pois é. Mas há quem acredite que o cérebro surgiu assim...

Michelson Borges é jornalista, membro da Sociedade Criacionista Brasileira (www.scb.org.br) e autor dos livros A História da Vida e Por Que Creio (www.cpb.com.br).

terça-feira, fevereiro 27, 2007

Moscas com “piloto automático”

Você sabia que para evitar “acidentes” os insetos contam com um verdadeiro sistema de “piloto automático”, como aqueles dos aviões? Esse sistema elabora as informações visuais que o animal capta e envia impulsos elétricos para as asas. Assim ele pode endireitar seu rumo.

Nicolas Franceschini, Franck Ruffier e Julien Serres, especialistas em biorobótica do laboratório Movimento e Percepção, da Universidade do Mediterrâneo, em Marselha, comprovaram esse automatismo chamado “regulador de fluxo óptico”.

Usando um micro-helicóptero controlado à distância, os pesquisadores puderam decifrar o comportamento de moscas e abelhas e reproduziram a navegação dos insetos. O micro-helicóptero pesa 100 gramas e tem um sensor óptico que simula o olho da mosca. Além disso, ele mede a velocidade de deslocamento sobre o solo e é capaz de reagir com o que está em volta. Quando um inseto, uma ave ou até um piloto voam, as imagens se projetam da frente para trás, na parte central do campo visual, criando um “fluxo óptico”.

Quando o inseto enfrenta um forte vento contrário, ele voa a menor velocidade e seu regulador exige que ele reduza a altura, para manter, dessa forma, o valor de referência. Os neurônios detectores de movimento na “cabine de comando” do inseto constituem a base de seu comportamento, afirmou a equipe de cientistas.

Agora pense um pouco: Seria possível surgir por acaso um sistema de navegação automático tão perfeito como esse? E como os insetos alados teriam sobrevivido se não dispusessem de um sistema assim, funcionando adequadamente desde que foram criados?

Michelson Borges é jornalista, membro da Sociedade Criacionista Brasileira (www.scb.org.br) e autor dos livros A História da Vida e Por Que Creio (www.cpb.com.br).

segunda-feira, janeiro 22, 2007

Sensor auditivo

Procure ficar em silêncio, por um momento, e preste atenção aos ruídos ao seu redor. Está ouvindo? Carros passam aí perto? Pode ouvir algum cachorro latindo? Pessoas conversam? Há música ao fundo? Você já parou para pensar na maravilha chamada audição?

O ouvido humano é um sensor biológico de grande sensibilidade, com capacidade de detectar uma gama de freqüências e intensidades sonoras. A audição se compõe de dois elementos – um mecânico e outro que envolve impulsos nervosos e elétricos.

O som entra pelo ouvido externo, ou aurícula (a orelha). Sua forma de concha permite que o máximo de som seja direcionado para o sistema auditivo. Dentro do ouvido, o som passa por um tubo curto (o canal auditivo externo), atingindo uma membrana, o tímpano, que vibra com a pressão das ondas sonoras. Essa vibração é transmitida através da cavidade, ou ouvido médio, situada do outro lado do tímpano, por uma série de ossículos que formam um conjunto móvel: o estribo, a bigorna e o martelo, que fica em contato com a membrana do tímpano.

Depois do ouvido médio, fica o ouvido interno, ou cóclea, cuja estrutura em forma de hélice é basicamente um tubo preenchido por um líquido e revestido de terminações nervosas.

O mais interessante é que os músculos do tímpano – os menores músculos do corpo humano – se contraem involuntariamente quando a pessoa é exposta a sons de grande intensidade. Essa contração ocorre cerca de um décimo de segundo após o ouvido ter sido exposto ao som intenso ou mesmo antes de a pessoa emitir a própria voz. Tudo isso para proteger o ouvido interno da fadiga, interferência e danos potenciais que podem ser causados por emissões de som de grande intensidade pela própria pessoa, e que poderiam resultar em níveis elevados de som dentro da cabeça.

A complexidade do ouvido e seus mecanismos de proteção são inteiramente inexplicáveis à luz das teses evolucionistas e apontam para o desígnio, propósito e planejamento defendidos pelo criacionismo. Afinal, como explicar a evolução gradual das partes componentes do sistema auditivo, já que elas são totalmente interdependentes? Como explicar a especialização evidente de cada uma delas? E mais: como explicar que tenham “surgido” dois desses sensores auditivos complexos?

Como diz Apocalipse 2:7, “quem tem ouvidos [e razão para entender], ouça”.

Michelson Borges é jornalista, membro da Sociedade Criacionista Brasileira (www.scb.org.br) e autor dos livros A História da Vida e Por Que Creio (www.cpb.com.br).

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