
Os responsáveis por essa descoberta foram os cientistas Xuefeng Gao e Lei Jiang, da Academia Chinesa de Ciências. Segundo os pesquisadores, os microssulcos localizados nos “microsetae” (pêlos) retêm o ar e causam a resistência à água nas patas do animal. Uma única pata pode suportar 15 vezes o peso do inseto.
Os cientistas criaram uma pata artificial revestida com uma substância química altamente repelente à água. A pata poderia até suportar um water strider, mas não seria capaz de mantê-lo flutuando sob as forças geradas pelo inseto em movimento. Conclusão: os responsáveis pela tremenda resistência à água são os “microsetae”.
“Esse arranjo inteligente permite aos water striders sobreviverem na água mesmo sob ‘bombardeio’ de gotas de chuva, quando eles saltam para evitar serem afogados”, disseram os cientistas chineses à revista Nature, de novembro de 2004. “Nossa descoberta pode ajudar a desenvolver pequenos dispositivos aquáticos e materiais a prova d’água”, prevêem.
É a ciência imitando a criação, mais uma vez.
Michelson Borges é jornalista, membro da Sociedade Criacionista Brasileira (www.scb.org.br) e autor dos livros A História da Vida e Por Que Creio (www.cpb.com.br).